A exchange de criptomoedas Kraken anunciou nesta quarta-feira (28) através de seu site oficial, a suspensão das operações no Japão e pediu aos usuários que removessem todos os ativos da plataforma nos próximos 35 dias.
No anúncio, a empresa pediu desculpas pelos inconvenientes causados e explicou que a mudança visa priorizar o investimento de recursos nas áreas mais adequadas para o sucesso da exchange no longo prazo.
Segundo a empresa, a principal razão para a retirada da Kraken no Japão é a situação atual do mercado japonês e global de criptomoedas, devido aos diferentes colapsos de grandes projetos no ecossistema blockchain.
Como funcionará a saída da Kraken no mercado japonês?
A declaração da empresa indica que todos os clientes da Kraken têm até 31 de janeiro de 2023 para retirar seus ativos da plataforma, utilizado uma wallet externa para guardar os ativos ou liquidá-los na própria plataforma.
A plataforma advertiu que a partir do dia 9 de janeiro, a função de depósito será removida; entretanto, a funcionalidade de negociação permanecerá ativa para que os usuários possam converter seu saldo no ativo de sua escolha e garantir a retirada dos fundos.
Por outro lado, a Kraken também informou que qualquer criptomoeda e moeda fiat mantidas no Kraken que não seja o Yen japonês (JPY), serão automaticamente convertidas para JPY após 1 de fevereiro, aplicando uma taxa de compra instantânea na plataforma.
O que isso significa para o ecossistema das criptomoedas?
O chamado “cripto inverno” causou estragos na comunidade blockchain nos últimos meses; no entanto, para alguns analistas de mercado, este movimento da Kraken não deveria afetar o mercado com tanta força, como o recente colapso da Terra (LUNA) e a FTX.
Não obstante, existe uma grande preocupação sobre o que acontecerá com todos os clientes da Kraken, devido a que o Japão representa a terceira maior comunidade blockchain da Ásia depois da China e da Coreia do Sul.
Por este motivo, alguns rumores sugerem que a retirada da Kraken fortalecerá ainda mais o império de Binance na ásia, já que seu outro concorrente regional, a Liquid Global está fora de serviço, arrastado pelos escândalos da FTX.