Investigações conduzidas pelas autoridades da Espanha revelaram que uma exchange de Bitcoin pode ter sido montada exclusivamente para atender à uma espécie de “pool” de criminosos que usavam a plataforma para lavar dinheiro com Bitcoin. O esquema atuava como uma espécie de “CasS” (crime as a Sevice) e oferecia as facilidades da exchange como meio de “legalizar” recursos ilícitos de criminosos, mascarando-os como lucros em transações com criptomoedas. A estimativa das autoridades é que cerca de US$10,08 milhões tenham sido “lavados” por meio do esquema.
A Guardia Civil (Guarda Civil espanhola) aponta 16 pessoas como integrantes diretos do esquema, já prendeu oito pessoas em conexão com o crime e um total de 24 carteiras foram confiscadas pelas autoridades, sendo quatro delas cold wallets e 20 hot wallets.
“As autoridades espanholas congelaram quatro ‘carteiras offline’ e 20 ‘carteiras online’, para as quais foram transferidos €9 milhões, além de várias contas bancárias”, diz a Europol.
Os criminosos também utilizavam caixas eletrônicos que permitiam a compra e venda de criptomoedas para praticar a lavagem do dinheiro. Os operadores da plataforma também usavam técnicas de smurfing que envolvia dividir o dinheiro sujo em “pacotes” que eram depositados em diferentes contas bancárias pertencentes à gangue. Além disso, segundo as autoridades, os criminosos também possuíam empresas de fachada que eram usadas para fazer grandes depósitos em contas bancárias. A partir dessas contas, os fundos seriam então transferidos para outras exchanges (não ligadas ao esquema) que operavam fora da Espanha.
Além das carteiras de Bitcoin que foram congeladas, foram apreendidos dois caixas eletrônicos de Bitcoin, além de 11 carros, computadores, dispositivos e outras propriedades.
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