Gary Cohn, ex-presidente do banco norte-americano Goldman Sachs, falou sobre o que ele imagina como o futuro dos ativos digitais. Em entrevista à CNBC, Cohn afirmou que, embora seja entusiasta da tecnologia Blockchain, ele não vê o Bitcoin com a mesma euforia.
Além de ex-presidente de um dos maiores bancos do mundo, Cohn também foi conselheiro econômico-chefe da administração Trump, cargo do qual se demitiu no início de março.
“Eu não sou um entusiasta do Bitcoin, mas sim da tecnologia Blockchain”, afirmou na entrevista. O ex-presidente do banco também citou os motivos pelos quais acredita que o Bitcoin não chegará ao posto de criptomoeda global.
“Acho que teremos uma criptomoeda global, no momento em que o mundo entender o que é a tecnologia, e essa moeda não será baseada em custos de mineração ou custo de eletricidade ou coisas assim”, disse ele.
O processo de mineração do Bitcoin é um frequente alvo de críticas devido aos custos com eletricidade e aos possíveis impactos ambientais e sócio-econômicos que podem causar nos países onde o processo é feito. Na Islândia, um dos principais destinos para mineradores, o processo chegou a tal nível de demanda que uma previsão estima que a atividade irá consumir mais energia do que todas as casas do país.
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Cohn também falou sobre a facilidade de entendimento das criptomoedas e da tecnologia Blockchain e, acredita ele, que a criptomoeda que vier a se tornar global será bem mais fácil de compreender do que o Bitcoin é hoje.
“Será uma criptomoeda mais facilmente compreensível”, disse ele. “Provavelmente terá alguma tecnologia blockchain por trás disso, mas será muito mais fácil entender como ele é criado, como ele se move e como as pessoas podem usá-lo.”
Recentemente, o Goldman Sachs começou a trabalhar de forma mais intensa com o Bitcoin. Após várias críticas por parte do CEO do banco Lloyd Blankflein, que afirmou que o Bitcoin seria um “veículo para perpetuar fraudes”, o Goldman surpreendeu ao anunciar que estava iniciando as operações de uma mesa de negociação de futuros da criptomoeda. Segundo uma executiva do banco, a medida veio devido a demanda de clientes que desejavam realizar negociações de futuros com Bitcoin.