Conforme o CriptoFácil relatou na semana passada, um caso de sequestro envolvendo policiais civis, militares e um empresário que trabalha com Bitcoin resultou na emissão de dez mandados de prisão. Uma matéria do canal de televisão SBT neste último sábado, 05 de outubro, afirmou que dois ex-delegados da Polícia Federal (PF) tentaram fazer um acordo com os policiais envolvidos no caso.
Segundo a matéria, o empresário vítima do sequestro tentou chegar a um acordo com o mandante do sequestro, o programador Guilherme Aere – que teria perdido R$24 milhões em Bitcoin por causa do empresário. Em seu depoimento, Aere afirmou que durante a primeira conversa com o empresário, dois homens se aproximaram. Um deles apresentou um distintivo da Polícia Federal e afirmou que o programador seria preso.
De acordo com a matéria, os dois homens são Leandro Daielo, diretor-geral da PF entre 2011 e 2017, e Edmílson Pereira Bruno. Ambos afirmaram terem sido contratados pelo empresário sequestrado e admitiram ter presenciado a reunião. Daielo afirmou que Bruno participou das negociações para tentar recuperar o dinheiro do resgate, mas que não tiveram avanços.
Com a participação, os ex-delegados se tornaram testemunhas no processo. Bruno afirmou em seu depoimento que negociou com os policiais. Ele afirmou que não os denunciaria pelo crime caso eles devolvessem o dinheiro do resgate. A defesa do empresário afirmou que os policiais se sentiram intimidados pelos ex-delegados e pensou que ambos estivessem investigando o caso de fraude, e não tentando negociar.
A empresa para a qual Daielo e Bruno trabalham afirmou que eles atuam na área de gestão de risco de várias empresas e que no caso em questão, os dois participaram de uma investigação privada que tinha como objetivo a identificação dos criminosos responsáveis pelo sequestro. Ambos não se pronunciaram sobre a reportagem.
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