Alec Ross não é uma figura qualquer na política norte-americana, co-autor do livro “Indústrias do Futuro”, o democrata foi conselheiro sênior de inovação da ex-secretária de Estado Hillary Clinton, durante o governo de Barack Obama. Ross agora é candidato a governador do estado de Maryland, um estado norte-americano composto por 24 condados, com a 5ª maior densidade demográfica dos EUA e 10 votos no colégio eleitoral (sistema que envolve principalmente a eleição presidencial).
Ross, em um artigo da Coindesk, destacou que uma de suas propostas, se eleito governador, é modernizar o estado de Maryland por meio da tecnologia blockchain, que segundo ele, tem o potencial de transformar o serviço público e devido às suas características de segurança, integridade e autenticação de informações são centrais para o desenvolvimento das instituições públicas.
“O governo é o depositário confiável dos registros que fazem a nossa sociedade funcionar – desde o nascimento até às certidões de óbito, da educação à saúde, das licenças de negócios às licenças de construção, das declarações de impostos aos julgamentos dos tribunais e muito mais. Por gerações, os estados desempenharam as funções básicas de autenticar registros de identidade e propriedade e verificar transações, permissões e o valor dos ativos à moda antiga – com carimbos de tinta no papel. Esse sistema permitia fraudes, corrupção, erros e falta de transparência que muitas vezes deixavam os cidadãos imaginando se os sistemas do governo os serviam realmente. A Blockchain nos dá a chance de mudar a forma como lidamos com o poder de documentar, verificar e manter as informações que incutem confiança na sociedade. Isso nos dá a chance de democratizar este poder, torná-lo perfeitamente transparente e reduzir os custos de transação”, afirmou.
O político segue o texto afirmado que um revolução blockchain não significa a substituição total das instituições e processos existentes, mas sim a melhoria de suas práticas e o fortalecimento da integridade destes processos, além disso, Ross acredita que esta transição deve ser feita de maneira paliativa, primeiro migrando para um serviço em blockchain centralizada (provavelmente fazendo alusão ao sistema de blockchain privada como o hyperledger) para depois pensar em soluções que não envolvem uma autoridade central.
Por fim, ele detalha sua proposta para tornar Maryland um estado blockchain por meio de cinco prioridades que envolvem:
Proteção de informações: “A Blockchain oferece meios confiáveis ??de proteger os registros dos cidadãos, onde a administração desses registros é transparente, mas seu conteúdo permanece privado”;
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Registrando ativos: “A Blockchain oferece um método conveniente e de baixo custo para manter um registro público seguro, desde ativos imobiliários à títulos diversos, que é universalmente acessível e perfeitamente imutável”;
Certificando transações: “Precisamos aplicar soluções em blockchain para rastrear como o dinheiro público é gasto. Através da tecnologia de contabilidade distribuída, cada dólar gasto em cada contrato de aquisição de bens e serviços gerará uma trilha de auditoria clara e transparente. Podemos autenticar documentos e contratos do setor privado”;
Monitoramento: “Um sistema que certifica transações terá uma infinidade de usos nas arenas de regulamentação e justiça. Por exemplo, podemos usá-lo para rastrear o mercado de maconha regulada e tributada, da semente à venda. Podemos usá-lo para registrar a cadeia de custódia de provas no tribunal, entre outros”;
Verificando identidade: “Com a blockchain, Maryland pode tornar a verificação de identificação segura, portátil e sem papel”.