A Europol, agência policial da União Europeia, encerrou atividades de uma rede de tráfico de drogas que usava criptomoedas e cartões de crédito para lavar mais de 8 milhões de euros através de uma exchange finlandesa.
Conforme anunciado nesta segunda-feira, 09 de abril, a Europol prendeu 11 indivíduos por lavagem de dinheiro da Espanha para a Colômbia, através de uma criptomoeda sem nome e cartões de crédito, de acordo com o comunicado oficial. A Guardia Civil da Espanha, as autoridades policiais finlandesas e o braço investigativo do Departamento de Segurança Interna dos EUA ajudaram a executar as prisões.
Cerca de 137 indivíduos foram investigados, e os suspeitos usaram um total de 174 contas bancárias, de acordo com o comunicado, que continuou:
“Os criminosos situados na Espanha foram contatados pelos narcotraficantes para lavar dinheiro obtido em suas atividades ilegais. Eles coletaram os lucros ilícitos em dinheiro, que foram então divididos em pequenas quantidades para serem depositados em centenas de contas bancárias terceiras.”
Com o dinheiro “circulando no sistema financeiro”, os supostos criminosos usaram pela primeira vez cartões de crédito para retirar o dinheiro na Colômbia, mas temendo descoberta, mudaram posteriormente para converter os fundos em criptomoedas e depois para pesos colombianos através da exchange finlandesa.
A declaração da Europol indicava que a corretora anônima cooperava com as autoridades finlandesas, partilhando as informações dos suspeitos.
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A agência de segurança da União Europeia disse que planeja fortalecer seus esforços para policiar atividades criminosas realizadas com criptomoedas.
“A Europol continuará a coordenar os Estados-Membros da União Europeia para responder eficazmente a esta ameaça crescente”, diz a declaração, acrescentando que implementou “cursos de formação especializados para ajudar os agentes da lei a identificar o uso de criptomoedas por redes de crime organizado”.
A Europol já emitiu relatórios sobre o uso ilícito de criptomoedas, mais recentemente alertando que Zcash, Monero e Ether estão cada vez mais envolvidos em cibercrimes, além do Bitcoin.