O governo dos Estados Unidos aumentou em quase 50% as suas reservas de Bitcoin (BTC) apenas na terça-feira (14). Isso ocorreu depois que autoridades do país apreenderam quase 130 mil BTC, que correspondem a cerca de US$ 14 bilhões a preços atuais.
A ação ocorreu contra um cidadão chines chamado Chen Zhi, de acordo com o Ministério Público dos EUA para o Distrito Leste de Nova York e a Divisão de Segurança Nacional do Departamento. Zhi é acusado de comandar uma enorme rede de golpes com criptomoedas, que resultou na apreensão de bilhões de dólares em Bitcoins.
Em seu comunicado, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) afirmou que esta foi a maior apreensão de criptomoedas da história do país. O valor supera de longe os 94.ooo BTC apreendidos pelos EUA 2022, que na época valiam US$ 3,6 bilhões. A apreensão veio do roubo realizado contra a Bitfinex em 2016.
“O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) e a Rede de Repressão a Crimes Financeiros (FinCEN) do Departamento do Tesouro dos EUA, em estreita coordenação com o Escritório de Relações Exteriores, da Comunidade Britânica e do Desenvolvimento (FCDO) do Reino Unido, tomaram medidas complementares contra redes criminosas responsáveis por atingir cidadãos dos Estados Unidos e de outras nações aliadas por meio de golpes online e lavagem de dinheiro”, afirma o comunicado.
Apreensão de Bitcoin
Conforme informações do DOJ, Zhi fazia parte de uma organização criminosa conhecida como Prince Group. O homem era líder do grupo e chegou a renunciar à sua cidadania chinesa. O OFAC impôs sanções abrangentes a 146 alvos dentro do grupo, incluindo o próprio Zhi.
Só que além dessas acusações, Zhi supostamente cometeu atos de chantagem e exploração sexual. De acordo com o DOJ, o homem supostamente utilizou materiais sexualmente explícitos como forma de chantagear pessoas retratadas nas fotos. Outros crimes incluem lavagem de dinheiro, diversas fraudes e extorsões, corrupção e jogos de azar online ilegais.
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Por fim, o DOJ afirma que Zhi cometeu tráfico em escala industrial, tortura e extorsão de trabalhadores escravizados. Essas ações ocorreram em pelo menos dez complexos fraudulentos no Camboja.
“O rápido aumento da fraude transnacional custou bilhões de dólares aos cidadãos americanos, com economias de uma vida inteira perdidas em minutos. O Tesouro está tomando medidas para proteger os americanos, reprimindo golpistas estrangeiros”, disse o Secretário do Tesouro, Scott Bessent.
Reserva de Bitcoin crescerá
Após a ação e prisão, os promotores fizeram o confisco de 127.271 BTC que estavam em posse de Zhi. Como parte da ordem executiva que criou a reserva de Bitcoin dos EUA, essa apreensão ficará sob controle do Departamento do Tesouro e passará a integrar a reserva dos EUA.
Com isso, a reserva de Bitcoin dos EUA pode superar 325 mil BTC, colocando o país na liderança isolada entre as nações que mais possuem Bitcoin. Os EUA possuem 198.021 BTC atualmente, seguido pela China com 190 mil BTC.
Antes da apreensão de aproximadamente US$ 14 bilhões em Bitcoin, as reservas de BTC do governo dos EUA estavam em cerca de US$ 22 bilhões. Em agosto, Bessent afirmou que os EUA não comprariam Bitcoin para sua reserva estratégica, mas que manteriam BTC oriundos de apreensões.