“Nós vamos trabalhar com tudo nisso…”, disse o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell durante uma audiência no Congresso Nacional dos EUA quando questionado sobre as moedas digitais de banco central (CBDC, na sigla em inglês) e sobre como os EUA está se preparando para este novos “rumos” da economia global.
Segundo ele, a quantidade de dinheiro na economia dos EUA continua a crescer, portanto, sua abordagem é cuidadosa com relação à emissão de uma moeda digital, embora a stablecoin Libra, proposta pelo Facebook, tenha sido um alerta que sinalizou como as coisas poderiam mudar muito rapidamente.
“Ainda não decidimos fazer isso. Acho que há muitas perguntas a serem respondidas em torno da moeda digital para os Estados Unidos, incluindo questões cibernéticas, questões de privacidade, muitas alternativas operacionais se apresentam. Nós vamos trabalhar com tudo isso”, disse ele.
A economia da China e sua proposta de criação de uma CBDC foram discutidas no Congresso dos EUA quando o presidente do Federal Reserve participou de uma sessão de perguntas e respostas sobre a saúde da economia americana. Jerome Powell foi questionado sobre a preparação e a capacidade dos EUA de responder à tendência competitiva da moeda digital que ele afirmou estar analisando.
“Como você sabe, todos os principais bancos centrais estão analisando profundamente isso [moeda digital]. Nós sentimos que é nossa obrigação. A tecnologia agora tornou isso possível. O setor privado está inovando, eles estão fazendo isso. Então, acho que é muito importante para nós e outros bancos centrais entender o custo, o benefício e as compensações associadas a uma possível moeda digital”.
Powell foi questionado se o Fed tem conhecimento sobre a iniciativa dos chineses de emitir sua moeda digital. Ele respondeu afirmativamente, mas enfatizou que trata-se de um contexto institucional completamente diferente.
“Por exemplo, a ideia de ter um livro em que você saiba o pagamento de todos os cidadãos isso não é algo que será particularmente atraente no contexto dos Estados Unidos. Não é um problema com a China”, afirmou.
Sobre o progresso dos EUA em relação a outros países como Suécia e China, que já estão adotando pagamentos móveis em larga escala e com possibilidade de transição fácil para moedas digitais, ele esclarece que os EUA não estão tendo o mesmo problema enfrentado por essas sociedades com “menos dinheiro”.
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