O governo dos Estados Unidos estuda a possibilidade de usar Bitcoin como critério para avaliação de crédito em hipotecas. A informação ganhou força após uma proposta formal enviada por Michael Saylor, presidente executivo da Strategy, à Federal Housing Finance Agency (FHFA).
O próprio Saylor ofereceu ao diretor da agência, Bill Pulte, o BTC Credit Model, uma metodologia criada para avaliar riscos e crédito usando Bitcoin como referência. A proposta surge no momento em que o governo busca modernizar os critérios de concessão de crédito imobiliário, incorporando ativos digitais no processo.
De acordo com Saylor, diferente dos modelos tradicionais, o BTC Credit Model não depende de balanços convencionais ou históricos bancários. Em vez disso, analisa três pilares principais:
- BTC Rating: mede quantas vezes as reservas de Bitcoin cobrem as dívidas da empresa;
- BTC Risk: avalia a volatilidade do BTC e seu impacto no risco de crédito;
- BTC Credit: define um spread de crédito teórico, baseado no desempenho e estabilidade do ativo.
A Strategy, liderada por Saylor, é mundialmente conhecida por sua estratégia agressiva de compra de Bitcoin usando dívida, especialmente por meio de emissão de bonds e notas conversíveis. Atualmente, a empresa possui 592.345 BTC, avaliados em mais de US$ 62 bilhões, com um lucro não realizado superior a US$ 20 bilhões.
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Bitcoin para hipotecas e financiamento habitacional dos EUA
O interesse da FHFA em avaliar esse modelo indica uma possível ruptura no sistema tradicional de financiamento imobiliário. De acordo com fontes próximas à agência, a ideia é entender como ativos digitais, especialmente o Bitcoin, podem reforçar garantias e reduzir riscos para financiamentos habitacionais.
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Michael Saylor afirmou, durante a apresentação do modelo. “Estamos prontos para compartilhar nossa metodologia. Ela permite medir risco e crédito de forma transparente, usando uma reserva de valor descentralizada e imune à inflação.”
Nesta segunda, a Strategy revelou a compra de mais 245 BTC, no valor de US$ 26 milhões, reforçando sua confiança na tese de valorização de longo prazo do Bitcoin.
Enquanto isso, especialistas avaliam que, se a proposta for adotada, os EUA podem se tornar o primeiro país a integrar Bitcoin formalmente no mercado de hipotecas. Isso poderia transformar não só o setor imobiliário, mas também acelerar a adoção institucional das criptomoedas.
