O mês de outubro se mostra positivo para o Bitcoin (BTC), mas os investidores de Ethereum (ETH) tem ainda mais o que comemorar. A segunda criptomoeda em valor de mercado chegou aos US$ 4.399 e atingiu sua máxima histórica esta semana.
De fato, a ETH chegou a atingir essa marca duas vezes. A primeira foi na quinta-feira (28), quando o preço chegou a exatamente US$ 4.399,98. Em seguida, após um breve recuo, o preço voltou a subir e atingiu US$ 4.399,03 nesta sexta-feira (29).
Em termos de valorização, a ETH registra alta de 3,76% nas últimas 24 horas e 4,95% em sete dias. Já o desempenho mensal é ainda melhor, com alta de 43,94% em outubro. Só para comparar, o BTC registrou valorização mensal de 39,23% até o momento, mas opera em queda de 3,82% na semana.
De queima de tokens a investimentos
A disparada no preço da ETH passa por diversos fatores, sobretudo a eficiência das novas atualizações implementadas na rede. Conforme relatou o CriptoFácil, uma delas foi o upgrade Altair, implementado com sucesso nesta semana.
Esta atualização é o primeiro passo para a implementação efetiva do Ethereum 2.0 e, especialmente, da mudança do algoritmo de mineração. Ao mesmo tempo, os investidores também começaram a injetar capital na rede, cujo valor de mercado cresceu de US$ 335,8 bilhões em 29 de setembro para os atuais US$ 580 bilhões.
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Ou seja, foram US$ 172,2 bilhões a mais adicionados na rede, tanto em investimentos quanto na valorização da criptomoeda.
Por fim, um terceiro fator que impulsionou o aumento no preço foram as queimas de ETH. De acordo com o site Watch The Burn, quase US $ 2,8 bilhões em ETH foram queimados nos últimos meses. Em outras palavras, quase 670 mil ETH foram removidos do mercado em definitivo.
Essa dinâmica de mercado cria uma grande aposta: De um lado, a redução contínua da oferta. Por outro lado, o aumento da demanda. Há também um terceiro fator, que é a queda na quantidade de ETH disponíveis nas exchanges.
No final, essa combinação fornece combustível para elevar os preços da ETH rumo às suas máximas. Ao mesmo tempo, a rede também recebe bilhões que estão presos em protocolos de finanças descentralizadas (DeFi). Este valor chega a US$ 106,2 bilhões e também quebrou recordes.
Problemas antigos
Mas, apesar de tais mecanismos, as críticas e problemas da rede persistem. O primeiro é a taxa de gas, que é paga a cada transação realizada no Ethereum. Em momentos de congestão da rede, as taxas podem superar os US$ 500, tornando seu uso inviável para transações de menor valor.
Como o ETH não consegue processar um grande número de transações, os custos se elevam. Enquanto isso, a própria rede do BTC – conhecida por também encarecer durante picos de uso – viu suas taxas se reduzindo ao longo dessa semana.
Para piorar, concorrentes como Solana, Polkadot e até Cardano estão capitalizando isso, prometendo redes muito mais rápidas e cobrando centavos em taxas. Em suma, a ETH precisará de uma redução efetiva nas taxas para continuar a atingir novos topos históricos.
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