Os ETFs de Bitcoin listados nos EUA tiveram um enorme fluxo de entrada na sexta-feira (23). De acordo com a Farside Investors, esses fundos registraram mais de US$ 252 milhões em entradas líquidas diária, seu nível mais alto desde 23 de julho.
Esse influxo ocorreu depois da fala de Jerome Powell, presidente do Fed, no simpósio de Jackson Hole, que animou os mercados. Na sua fala, Powell afirmou que “está na hora de baixar os juros”, causando valorização em todos os ativos de risco.
BlackRock e Fidelity na liderança
Além das entradas, os volumes de negociação para os onze ETFs também foram altos, chegando a US$ 3,12 bilhões na sexta-feira. Neste caso, o número representou o maior volume diário desde 19 de julho, de acordo com dados da SoSoValue.
Mais uma vez, o IBIT, ETF da BlackRock, liderou a atividade de negociação e as entradas em US$ 1,2 bilhão e US$ 83 milhões, respectivamente. Em seguida veio o FBTC, da Fidelity, fcom US$ 64 milhões em entradas, enquanto o BITB da Bitwise arrecadou US$ 42 milhões.
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No caso do BITB, ele ultrapassou a marca de US$ 2 bilhões de AUM pela primeira vez. O GBTC da Grayscale foi o único produto mostrando saídas líquidas, perdendo US$ 35 milhões. Só que o seu seu mini fundo de BTC registrou entradas de US$ 50 milhões.
Hora de afrouxar os juros
Jerome Powell, confirmou os sinais de que a agência pública está pronta para afrouxar a política monetária no simpósio de Jackson Hole na sexta-feira, com o bitcoin subindo acima de US$ 64.000 depois.
“Chegou a hora de a política se ajustar. A direção da viagem é clara, e o momento e o ritmo dos cortes nas taxas dependerão dos dados recebidos, da perspectiva em evolução e do equilíbrio de riscos”, afirmou Powell.
Os traders de criptomoedas esperam amplamente que o Fed faça seu primeiro corte de taxa em sua próxima reunião de política programada para 18 de setembro. Apesar de Powell não ter estipulado uma data para o corte, 65% dos analistas esperam uma redução de 25 pontos-base nas taxas já na próxima reunião.
Políticas monetárias mais rígidas geralmente reduzem o apetite ao risco nos mercados financeiros, o que contribui para esses ativos perderem valor. Em contrapartida, taxas mais baixas aumentam o fascínio de classes de ativos como criptomoedas, pois os investidores têm acesso mais barato a capital e buscam por maiores retornos.