Nesta quinta-feira, 30 de janeiro, o analista da Bloomberg, Eric Balchunas, afirmou durante a conferência Plan B em El Salvador que os ETFs de altcoins não devem crescer e dificilmente se tornarão opções viáveis para investidores no longo prazo.
Mesmo que a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) aprove novos ETFs de criptomoedas, Balchunas acredita que a popularidade desses produtos não se igualará aos ETFs de Bitcoin e Ethereum. Para ele, a tendência é que esses produtos falhem e desapareçam ao longo do tempo.
De acordo com o analista, a SEC parece estar apenas testando o mercado e analisando os limites regulatórios antes de aprovar esses ativos. Ele destaca que essa abordagem pode impedir que ETFs de altcoins tenham um impacto duradouro no mercado financeiro.
ETFs de altcoins devem fracassar
Balchunas citou exemplos de ETFs que desapareceram, como os de níquel, alumínio e commodities agrícolas. Esses produtos falharam porque o mercado simplesmente não respondeu de forma positiva.
“Se olharmos para a história, houve produtos gigantescos que acabaram desaparecendo. Isso mostra que o mercado tem um ponto limite para certos ativos. Se você investe em criptoativos, provavelmente já percebeu que nem tudo faz sentido para investidores tradicionais”, disse.
O analista também comparou o Bitcoin ao ouro, mas destacou que ele tem uma volatilidade muito maior. Segundo ele, essa instabilidade pode ser vantajosa dentro de um portfólio diversificado.
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“O ouro é estável, mas o Bitcoin se comporta como um ativo de 16 anos de idade – imprevisível, mas com potencial de crescimento”, afirmou.
Atualmente, os ETFs de Bitcoin têm um saldo líquido de US$ 37,20 bilhões, mesmo com algumas saídas recentes. Balchunas destacou que esse valor é sólido e mostra a força do setor.
ETFs continuam crescendo
O mercado de ETFs de criptomoedas vem crescendo de forma expressiva. No ano passado, foram registrados 720 novos ETFs, sendo 20 deles de Bitcoin. Esse crescimento reflete a inovação constante do setor.
Para Balchunas, os ETFs revolucionaram o mercado financeiro, oferecendo baixo custo, alta liquidez, transparência e facilidade de negociação. Nesse sentido, ele acredita que essa tendência continuará nos próximos anos, com previsões apontando um crescimento anual de 10% no setor.
Com um histórico de 32 anos de crescimento, os ETFs já representam 30% dos ativos financeiros globais e podem atingir 35% até 2035. Segundo o analista, essa expansão será impulsionada pela demanda de investidores por produtos acessíveis e inovadores.
