O primeiro fundo de índice (ETF) de Solana à vista dos Estados Unidos, lançado pela Bitwise Asset Management, registrou US$ 69,5 milhões em entradas líquidas no dia de estreia, na terça-feira (28), de acordo com dados da Farside e da SoSoValue. O produto, identificado pelo ticker BSOL, é o primeiro ETF dos EUA com exposição direta de 100% ao token SOL.

Somando o capital inicial de US$ 222,9 milhões, o fundo terminou o primeiro dia com US$ 292,4 milhões em ativos sob gestão. Nas primeiras horas de negociação, o BSOL movimentou US$ 10 milhões, alcançando US$ 57,9 milhões em volume diário. Trata-se do maior entre todos os lançamentos de ETFs em 2025, de acordo com o analista sênior da Bloomberg, Eric Balchunas.
Balchunas observou que, considerando o valor aplicado na fase de constituição, o resultado poderia superar o desempenho de estreia do ETHA, o ETF de Ethereum da BlackRock, lançado em julho com US$ 266,5 milhões em aportes iniciais.
Para efeito de comparação, o BITB, ETF de Bitcoin também da Bitwise, havia registrado US$ 237,9 milhões em entradas líquidas no dia de estreia, em janeiro de 2024.
O preço da Solana recuou 0,1% nas últimas 24 horas, para menos de US$ 200, de acordo com o CoinGecko.
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Lançamento de ETF de Solana chega durante paralisação nos EUA
O lançamento do BSOL foi possível mesmo com a paralisação temporária das atividades da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Durante o período, o órgão permitiu que as gestoras prosseguissem com os registros finais de ETFs sem análise direta de sua equipe, desde que seguissem procedimentos automáticos previstos em lei.
Essas medidas possibilitaram que a Bitwise avançasse com a oferta do ETF de Solana e garantisse o início das negociações. Em comunicado, a empresa afirmou que a iniciativa marca a entrada definitiva da Solana no mercado tradicional. Dessa forma, reforça o interesse institucional pelo ativo.
Concorrência no mercado de ETFs de altcoins
Enquanto o BSOL teve uma estreia expressiva, outros ETFs lançados no mesmo dia não repetiram o desempenho. A Canary Capital, por exemplo, colocou no mercado os primeiros ETFs à vista de Hedera (HBAR) e Litecoin (LTC). No entanto, ambos encerraram o dia sem entradas líquidas, apesar de registrarem volumes de negociação de US$ 8,6 milhões e US$ 1,4 milhão, respectivamente.
O analista da Bloomberg James Seyffart explicou que ETFs podem apresentar dias sem aportes. Isso porque as cotas são criadas ou resgatadas em grandes blocos apenas quando há desequilíbrio relevante entre oferta e demanda.
Enquanto isso, os ETFs à vista de Bitcoin e Ethereum continuam a atrair recursos. Somente na terça-feira, registraram US$ 202,4 milhões e US$ 246 milhões em aportes líquidos, respectivamente.
Segundo o chefe de pesquisa da K33, Vetle Lunde, os ETFs de Bitcoin acumulam US$ 26,9 bilhões em aportes líquidos em 2025, embora, sem considerar o fundo da BlackRock, o saldo seja negativo em US$ 1,3 bilhão. Lunde avalia que a ausência da gestora no segmento de altcoins pode abrir espaço para concorrentes consolidarem domínio em ETFs como o de Solana.

