Recentemente, a FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista), em parceria com a Bomesp (Bolsa de Moedas Virtuais Empresariais de São Paulo), anunciou os vencedores do Bomesp Blockchain Challenge, hackaton no qual estudantes de graduação em Tecnologia da Informação da FIAP desenvolveram um sistema de distribuição de amostras grátis de medicamentos, com a utilização de moedas digitais e blockchain. A equipe vencedora recebeu 2.000 Niobiuns (NBC) como prêmio.
O Bomesp Blockchain Challenge 2018 teve como como objetivo o desenvolvimento de um projeto de utilidade pública envolvendo blockchain e criptomoedas.
“O projeto vencedor pode vir a ser implementado por uma empresa do ramo da indústria farmacêutica e isso é fabuloso porque hoje sabemos que são gastos bilhões de reais em amostras grátis e, muitas vezes, esses remédios gratuitos não chegam a quem de fato precisa deles”, explica Fernando Barrueco, diretor da Bomesp.
Além dos vencedores ganharem 2 mil Niobiuns, as equipes que levaram os prêmios de segundo e terceiro lugar também receberam 1.000 NBC e 500 NBC, respectivamente. O desafio teve início em maio de 2018, quando os universitários participaram de dinâmicas e workshops sobre criptomoedas, estudando suas aplicações na sociedade, sob coordenação de uma equipe de especialistas da Bomesp. “Os estudantes iniciaram uma capacitação com finalidade de desenvolver projetos relevantes e atender às expectativas do mercado”, explica o professor Luiz Carlos Souza, da FIAP, que coordenou as equipes no jogo de negócios da universidade.
“A meta de desenvolver inciativas de alto impacto social, com a utilização de tokens de utilidade, tornando os criptoativos algo totalmente tangível e funcional, foi plenamente atingida”, comemora Fernando Barrueco, da Bomesp.
Na opinião de Barrueco, é fundamental que os novos gestores tenham acesso imediato às mudanças que estão acontecendo com a chamada nova economia distributiva. “A futura geração deve estar capacitada para atuar nesse novo ecossistema que está surgindo, em que os criptoativos vão atuar fortemente na inclusão social, trazendo prosperidade e inaugurando processos que vão revolucionar os meios de pagamento e todo o sistema financeiro”, ressalta.
Na primeira fase do desafio, os estudantes do curso de graduação em Tecnologia da Informação da FIAP apresentaram propostas para a segurança da informação nas redes, enquanto na etapa seguinte, aprenderam técnicas para investir em criptomoedas. Por fim, no último sábado, 27 de outubro, os estudantes apresentaram a um júri da Bomesp seus planos, sendo que um grupo de cinco alunos do 2º ano do curso de graduação em TI conquistou o primeiro lugar. “A proposta deles foi substituir o atual sistema de distribuição das amostras grátis de medicamentos por criptoativos de utilidade, baseados na blockchain, que seriam trocados pelas amostras grátis nas redes de farmácias”, explica Barrueco.
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A ideia é bastante relevante porque sabemos que hoje os laboratórios gastam bilhões de reais com distribuição dessas amostras e, muitas vezes, o produto nem chega às mãos dos pacientes.”
Colocado em prática, o projeto reduziria os custos das empresas da indústria farmacêutica como um todo – tendo em vista, a otimização da disponibilidade do medicamento, seu prazo de validade, contenção de desperdícios, combate à falta de informação sobre o efetivo uso pelos pacientes, etc.
Além disso, o processo inteiro poderia ser rastreado e acompanhado em toda sua logística, uma vez estaria registrado na blockchain.
“Vamos estudar agora formas de colocar o projeto em prática; nós dispomos de tecnologia avançada na Bomesp, o que nos permite implementar o sistema, no caso de alguma empresa da indústria farmacêutica se interessar”, explica Barrueco.
Para o professor Luiz Carlos Souza, a equipe vencedora levou para casa muito mais do que as moedas digitais. “O maior prêmio foi o conhecimento adquirido pelos alunos ao longo de todo o processo do desafio. Agora, eles saem da faculdade mais preparados para o mercado de trabalho e isso vai ser fundamental para o trabalho que eles vão desenvolver dentro das corporações onde vão atuar”, destaca o professor.