Um estudante de medicina da cidade de Jequié, no sudoeste da Bahia, está sendo investigado por comandar um esquema de pirâmide no município baiano. De acordo com o levantamento da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Henrique Sepúlveda teria causado um prejuízo superior a R$ 7 milhões.
Ainda segundo a SSP-BA, pelo menos 150 pessoas já foram lesadas pela empresa do acusado. A Safe Intermediações se apresentava como uma empresa de investimentos.
A lista de investidores que ficaram no prejuízo inclui empresários, políticos e até mesmo policiais. Segundo as investigações, os clientes acreditavam que os ganhos seriam lícitos e baseados em investimentos reais.
Suposta pirâmide deixou prejuízo de R$ 7 milhões
As investigações contra Sepúlveda tiveram início na última quinta-feira (26) depois que a empresa atrasou os pagamentos prometidos.
De acordo com uma das vítimas, o suspeito prometia lucros mensais entre 4% e 7% sobre o valor aportado. Houve vítimas que perderam R$ 700 mil e até R$ 1 milhão no negócio.
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O delegado Nadson Pelegrini, da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), explicou que o abalo resultante do esquema vai muito além do aspecto econômico:
“A sociedade jequieense foi duramente impactada pela atuação desse senhor. Na verdade, o impacto não foi apenas financeiro, mas também de ordem moral, até porque vários dos lesados são pessoas conhecidas da sociedade: empresários, políticos, policiais… Ele não escolhia as vítimas. Ele acabou lesando uma imensa gama de investidores.”
O delegado também afirmou que muitos desses investidores lesados já tinham conhecimento prévio acerca do mercado financeiro. Entretanto, eles acreditavam que Sepúlveda, por supostamente possuir conhecimento superior, iria proporcionar maiores lucros e ganhos.
“Mas o resultado é que toda essa clientela, que se estima, de início, ser de 150 pessoas, está amargando um prejuízo que beira os R$ 7 milhões, podendo ser descobertos mais valores no decorrer da investigação”, acrescentou o delegado.
Segundo um comunicado da SSP, o investigado pode responder por estelionato, crimes contra a economia popular, contra o mercado de capitais, contra a ordem econômica e contra o Sistema Financeiro Nacional.
Sepúlveda, assim como os clientes da Safe Intermediações, já estão sendo ouvidos pela Polícia Civil.
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