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Pouco mais de 463 mil Bitcoins, dos mais de 19 milhões existentes, estão nas mãos de governos. É o que mostra um levantamento recente do CoinGecko. Além disso, os dados revelam que, enquanto países em desenvolvimento aumentaram suas reservas em Bitcoin, países desenvolvidos reduziram suas participações.
De acordo com o CoinGecko, cerca de 2,3% de todos os Bitcoin disponíveis estão sob o controle de nações. O número, porém, representa uma queda em relação a 2024, quando as reservas somavam 529.591 BTC. Enquanto alguns países, como El Salvador e Butão, continuam acumulando ativamente a criptomoeda, outros, como os EUA e a Alemanha, optaram por liquidar parte de seus estoques
Sob a nova administração de Donald Trump, os Estados Unidos ainda mantêm a maior reserva governamental de Bitcoin, com aproximadamente 198.012 BTC, cerca de US$ 18,3 bilhões na cotação atual. Cerca de 15.000 Bitcoins foram liquidados durante a gestão Biden. Em junho de 2024, o país detinha 213,246 milhões de Bitcoin.
Política que foi duramente criticada por líderes da atual gestão Trump, que tem planos para expandir as reservas de Bitcoin do país. Logo após assumir como presidente pela segunda vez, Trump anunciou a criação de uma reserva estratégica com os Bitcoins apreendidos em operações policiais. Além disso, os EUA estudam como fazer aquisições de novos Bitcoin.
Inimiga declarada de Donald Trump, a China segue na cola dos EUA com 194.000 BTC (US$ 17,6 bilhões). Apesar de sua proibição ao comércio de criptomoedas, o gigante asiático ainda é a segunda maior detentora devido aos Bitcoins confiscados do caso da PlusToken.
Esse número é o que o mercado tem ciência. Isso porque o governo chinês não informa publicamente se aumentou suas reservas. Além disso, mantém silêncio sobre seus planos para os Bitcoin aprendidos, alimentando especulações sobre uma possível liquidação futura.
Já o Reino Unido, com 61.000 BTC (US$ 5,6 bilhões) obtidos em apreensões, ainda debate se deve vender seus ativos ou incorporá-los ao tesouro nacional. Enquanto isso, a Alemanha causou um impacto significativo no mercado em 2024 ao liquidar todos os seus 46.359 BTC, provocando uma queda de 15,7% no preço.
El Salvador segue firme em sua aposta no Bitcoin, aumentando suas reservas para 6.135 BTC (US$ 567,8 milhões) graças à compra diária de 1 BTC, uma política iniciada em 2022. Já o Butão, com 8.594 BTC (US$ 795,4 milhões), destaca-se por minerar sua própria criptomoeda usando energia hidrelétrica sustentável, tornando-se um caso único de acumulação verde.
Completam a lista a Ucrânia, que recebeu uma série de doações em Bitcoin de apoiadores do país que está em guerra contra a Rússia. Nesse ponto, há divergência quanto a quantidade que o país possui.
De acordo com a CoinGecko, que utilizou dados públicos de plataformas como a Arkham Intelligence, a Ucrânia possui apenas 256 BTC. No entanto, dados da Bitcoin Treasuries indicam que o país da Europa Ocidental possui mais de 46 mil BTC, distribuídos em várias carteiras.
Além disso, o relatório da CoinGecko também deixou de informar a quantidade de Bitcoin da Coreia do Norte. Tendo como aliado o grupo de hackers Lazarus, o país comunista está na lista da Bitcoin Treasuries com 13,562 Bitcoin. Além dela, a BT também destaca a Venezuela, com 240 BTC, a Finlândia, com 90 BTC, e a Geórgia com 66 BTC.