Por diversas vezes, especialistas, analistas e pesquisadores apontam que as alta quantidade de energia utilizada por equipamentos de mineração de criptomoedas, em particular de Bitcoin, seriam responsáveis, em algum momento, por uma grande crise energética mundial, chegando até mesmo a dizer que, se novas alternativas não forem encontradas (desde fontes energéticas, até novos formatos de mineração), o processo de mineração de Bitcoin poderia chegar até mesmo a consumir toda a energia mundial.
No entanto, respondendo a estas e outras críticas, conforme reportado pela Nature Climate Change, Jonathan Koomey apontou que a metodologia usada para tirar tais conclusões sobre a mineração de BTC não podem ser levadas em consideração.
“Embora eu incentive todos no setor de eletricidade a rastrear o Bitcoin como uma fonte potencial de crescimento de novas cargas, por favor, tenha cuidado e evite ser enganado pelo hype. Reportagens da mídia sobre as incertezas nos dados subjacentes faz parecer que o Bitcoin está dominando o mundo, mas na verdade é apenas 0,1% do consumo global de eletricidade, e é improvável que continue crescendo às mesmas taxas históricas recentes”, disse Koomey.
O pesquisador aponta também que o Bitcoin não é a primeira tecnologia a ser responsável por “consumir a energia do mundo”, e aponta que outrora este posto foi ocupado pela internet, entre outras tecnologias.
“Fatos enganosos sobre o uso de eletricidade por tecnologia da informação surgiram de estudos financiados pela indústria do carvão em 2000, na época da primeira bolha pontocom e da crise de eletricidade na Califórnia. Todas essas alegações se revelaram fraudes, mas levou anos em pesquisas revisadas por pares para provar isso”, destacou.
Assim, de acordo com Koomey, o uso total de eletricidade pela atividade de mineração de Bitcoin é de cerca de 0,1% do total de energia consumida mundialmente e não está programado para continuar crescendo. Certamente, o Bitcoin usa muita energia, mas o hardware de mineração também torna-se mais eficiente a cada nova geração, e a quantidade de energia disponível no mundo também aumenta independentemente do Bitcoin, afirma o pesquisador, ressaltando que “tais reportagens em torno deste tema parece implicar que o mundo estaria melhor – de uma maneira literal – sem o Bitcoin. Essas noções não levam em conta as muitas maneiras positivas pelas quais o BTC e outras criptomoedas podem contribuir para resolver os problemas do mundo”, finaliza.
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