A Escola de Finanças e Administração (FS) de Frankfurt, na Alemanha, agora oferecerá aos estudantes a capacidade de comprovar suas qualificações acadêmicas utilizando a tecnologia blockchain, relatou a agência de notícias Cointelegraph nesta semana.
Como parte de um programa piloto, os graduados de um dos cursos da FS com foco em tecnologia blockchain poderão comprovar a conclusão bem-sucedida do curso com uma certificação armazenada na rede descentralizada.
Para o projeto piloto, a FS está trabalhando em parceria com a Consensys, uma das principais empresas de software em blockchain no mundo. A Consensys desenvolveu um aplicativo descentralizado (DApp) para as chamadas identidades auto-soberanas, em que os certificados não são necessariamente publicados em uma blockchain, mas apenas copiados para os computadores de vários participantes da rede.
As cópias podem ser criptografadas para que o proprietário de um determinado nó na respectiva rede possa decidir, caso a caso, quais certificados ele ou ela deseja tornar visíveis para outros participantes da rede. Assim, a blockchain realmente torna as credenciais fisicamente portáteis para os alunos.
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Veronika Kütt, pesquisadora associada do FS Blockchain Center e chefe do projeto, definiu como “fascinante” a oportunidade de apresentar certificados registrados digitalmente:
“Estamos fazendo um trabalho pioneiro aqui. Nossos alunos acham que é um privilégio estarem envolvidos em novas tecnologias em um estágio inicial. É um pouco como a programação dos primeiros sites públicos da Internet em meados dos anos 90.”
O professor Philipp Sandner, chefe do FS Blockchain Centre, acrescentou:
“Com a blockchain você pode armazenar dados pessoais, como um CV ou carteira de identidade, como em um livro de imagens. Com nosso projeto, mostramos como é fácil e confortável para o usuário.”
Isso faz da FS a primeira instituição de ensino na Alemanha a oferecer aos seus alunos certificados baseados em blockchain. A nova tecnologia também está sendo usada na Universidade de Nicosia (UNIC), no Chipre, que emite em blockchain os certificados de seus cursos e do módulo online sobre criptomoedas; e no Brasil, onde a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolve um projeto para utilizar a tecnologia na prevenção a diplomas falsos.