Pela primeira vez na história, o total de Bitcoin mantido por empresas públicas – aquelas cujo capital é negociado em bolsas de valores – ultrapassou a barreira de 1 milhão de BTC. O feito, alcançado na quinta-feira (4), mostra que a tendência crescente de corporações que buscam exposição ao ativo digital é muito mais do que uma moda.
O movimento, pioneiramente liderado pela estratégia agressiva de Michael Saylor e sua MicroStrategy, agora Strategy, ganhou força nos últimos anos. Um número crescente de empresas, incluindo mineradoras e firmas dos mais diversos setores passaram a alocar parte de suas caixas no Bitcoin.
Nas redes sociais, o feito foi comemorado por investidores e entusiastas do setor. Um deles, Bradley Duke, executivo da Bitwise, destacou o montante sob controle dessas corporações.
“Isso representa cerca de US$ 111 bilhões bloqueados por instituições. O desequilíbrio estrutural entre oferta e demanda de BTC é real e está se tornando mais pronunciado”.
A marca é ainda mais surpreendente ao considerarmos o crescimento exponencial. As reservas corporativas triplicaram em um período de apenas um ano. No terceiro trimestre de 2024, o volume das reservas de Bitcoin das empresas públicas era de apenas 360 mil, segundo dados da Bitwise.
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Acúmulo de Bitcoin em caixa não deve parar
Apesar do volume impressionante, especialistas sugerem que a adoção corporativa ainda está em sua fase inicial. O presidente da BitcoinTreasuries, Pete Rizzo, reforçou essa perspectiva em entrevista ao The Block. Ele declarou que “a maioria das principais empresas do tesouro de Bitcoin só começou a implantar estratégias de acumulação de longo prazo”. Logo, ainda há um campo amplo para que a estratégia avance ainda mais.
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O sucesso dessas estratégias, tanto na valorização das ações das empresas quanto no ganho de capital sobre os Bitcoin adquiridos, tem servido de catalisador para novas adesões. Um exemplo recente é a firma de desenvolvimento de vendas listada na Nasdaq, CIMG, que completou uma captação de US$ 55 milhões especificamente para comprar Bitcoin.
Vale destacar que na última quarta-feira (3), o Bitcoin completou 100 dias sendo negociado acima dos US$ 100 mil. Trata-se de um marco importante especialmente se considerarmos a volatilidade do ativo, que sempre assustou investidores mais conservadores.
Com a estabilidade do ativo, a tendência é que novas empresas o adicionem ao seu caixa, impactando diretamente no preço do Bitcoin. Além disso, com o Bitcoin superando consistentemente o desempenho de moedas fiduciárias e apresentando valorização de mais de 90% no último ano, a expectativa é que essa tendência se acelere rapidamente.