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Operação Inceptio

Empresários presos no Acre usavam criptomoedas para lavar dinheiro do tráfico

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Uma operação da Polícia Federal deflagrada na segunda-feira (15) no Acre e em outros seis estados desmantelou uma organização criminosa suspeita de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro usando criptomoedas em grande escala.

De acordo com a PF, a Operação Inceptio cumpriu nove mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão. As ordens atingiram um grupo de empresários do setor de eventos, incluindo os irmãos John, Mayon e Johnnes Lisboa e seus sócios. A investigação aponta que o grupo, atuante desde 2019, enviava grandes quantidades de drogas do Acre para o Nordeste e Sudeste do país.

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O método para “limpar” o dinheiro proveniente do tráfico envolvia a abertura de empresas de fachada, contas bancárias e criptomoedas. O dinheiro era inserido no sistema financeiro formal por meio de diversos estabelecimentos comerciais. Entre eles, casas de show dos próprios investigados, como a Moon Club, na capital do estado.

Essa é a segunda operação em menos de 10 dias liderada pela Polícia Federal que investiga casos de lavagem de dinheiro envolvendo criptomoedas. Em comunicado ao g1, o delegado André Barbosa, da Polícia Federal do Acre, explicou a mecânica:

“Inicialmente, a gente identificou que tinha um grupo de narcotraficantes que revendia drogas para os estados do Nordeste e Sudeste e, a partir de então, para internalizar o dinheiro, utilizava diversas pessoas físicas e jurídicas para lavar dinheiro, incluindo estabelecimentos comerciais”.

Lavagem de dinheiro com criptomoedas

A Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 130 milhões em contas bancárias e a apreensão de bens avaliados em aproximadamente R$ 10 milhões. As investigações apontam que o grupo utilizava um método multifacetado para ocultar a origem dos recursos, sendo as criptomoedas um instrumento identificado nesse processo.

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O caso ganhou notoriedade no Acre porque empresas ligadas aos investigados, como a Moon Club RB e a DHS da Cruz Sociedade LTDA, foram responsáveis pela venda de camarotes e pela contratação de artistas para a Expoacre 2025, um dos maiores eventos do estado.

O governo acreano emitiu nota informando que a contratação seguiu os trâmites legais de um chamamento público. Além disso, um dos presos, Jhonnes Lisboa é diretor geral da empresa Inove Eventos, que havia anunciado publicamente a contratação do DJ Alok para uma apresentação na Arena da Floresta, em Rio Branco, prevista para o próximo dia 3 de outubro.

Os advogados de defesa dos irmãos Lisboa e de Douglas Henrique Cruz emitiram uma nota afirmando que eles confiam plenamente que as autoridades apurarão todos os fatos com rigor e imparcialidade. A defesa reiterou que seus clientes permanecem à disposição para prestar todos os esclarecimentos e lembrou o princípio constitucional da presunção de inocência.

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