Desde seu lançamento em 2009, vários papéis têm sido atribuídos ao Bitcoin. O principal deles é o de reserva de valor, uma espécie de “ouro digital”.
Para o CEO da Abra, Bill Barhydt, essa alegação faz todo sentido. Em uma entrevista ao Cointelegraph na quinta, feira, 16 de julho, Barhydt destacou sua opinião.
“Hoje, o Bitcoin é melhor usado como uma reserva de valor que se tornará cada vez menos correlacionada com os investimento tradicionais ao longo do tempo”, disse.
CEO destaca evolução do Bitcoin em uma década
Após o início da cadeia de Bitcoin em 2009, o ativo atravessou uma jornada impressionante. Seu preço evoluiu de menos de US$ 1,00 em 2010 até quase US$ 20 mil no pico de 2017.
Em cada uma das etapas dessa jornada, houveram debates diferentes a respeito de sua função. No início, a narrativa se concentrou no uso como moeda alternativa ao dólar e outras moedas fiduciárias.
Com a evolução no preço e no mercado, a narrativa mudou. O Bitcoin se destacou como uma possível opção para reserva de valor. Isso aumentou a comparação com o ouro e ajudou a criar o rótulo de “ouro digital”.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
“O apelido do BTC como ‘ouro digital’ é a melhor analogia que eu já vi até agora”, reforçou Barhydt.
Correlação com ativos tradicionais
Teoricamente, o Bitcoin não mantém vínculos diretos com os principais mercados financeiros. Trata-se de um ativo longe da influência de governos e de uso praticamente sem fronteiras.
No entanto, a pandemia de Covid-19 e a baixa volatilidade fizeram o criptoativo aumentar essa correlação. Em março, ela atingiu o maior nível em toda a história. Então, será que a tese de falta de correlação deixou de existir.
Barhydt discorda. Para ele, o Bitcoin segue firme como uma “apólice de seguro” contra crises. Adicionalmente, tê-lo em carteira representa uma proteção contra políticas de governos.
“O Bitcoin representa uma apólice de seguro fantástica contra os mercados tradicionais, enquanto os governos ficam irremediavelmente colocando suas economias no chão”, disse Barhydt.
O CEO também elogiou a descentralização trazida pelo Bitcoin.
“É também a melhor vitrine de descentralização global já criada. Pela primeira vez, temos um sistema descentralizado de cunhagem, armazenamento e processamento de transações, sem um interruptor central”.
Leia também: Exchanges receberam 147.000 Bitcoins suspeitos em 2020
Leia também: Twitter explica invasão e golpes com BTC executados por hackers
Leia também: Aprenda sobre Bitcoin com filmes indicados por especialistas