No dia 11 de maio, a startup The Fabricant publicou em seu perfil do Instagram a venda de uma peça digital por US$9.500, leiloada em uma blockchain. Trata-se de um vestido de alta-costura chamado Iridescence e o mais interesse é que ele nunca existiu fisicamente, segundo a startup.
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“US$9.500 pela primeira peça digital de alta-costura a ser leiloada em uma blockchain. Nós vendemos um dos nossos itens que nunca foi físico. Alguém detém ele agora e poderá vesti-lo se quiser.”
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De acordo com a The Fabricant, que tem sede na Holanda, a empresa é especializada em design de moda e animação em 3D. Todas as peças são sempre digitais, nunca físicas. Roupas digitais são criadas ao aliar peças 2D junto a um software que cria padrões de design em 3D, além de poderosas ferramentas de renderização – fazendo com que as roupas pareçam físicas. Embora a peça tenha sido leiloada por meio de uma blockchain, não constam no site da startup informações envolvendo blockchain. É possível dizer que, por existir digitalmente como um colecionável, o vestido é também um token.
O leilão foi realizado durante o evento Ethereal Summit, ocorrido no dia 10 de maio deste ano em Nova York. Os organizadores do evento descrevem na página do mesmo que ele é responsável por reunir “futuristas, empreendedores, investidores, ícones da mídia, oficiais do governo, artistas, músicos e humanitários para um dia de compartilhamento de conhecimentos”. A companhia responsável pelo leilão foi a Drapper Labs, os mesmos criadores do jogo de colecionáveis CryptoKitties que tornou-se fenômeno em 2017.
A pessoa que ganhou o leilão terá 28 dias para enviar uma foto sua (ou de quem for utilizar o vestido) para que a startup faça as personalizações do vestido e confeccione o mesmo.
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Não é a primeira vez
Em maio de 2018, o CriptoFácil noticiou que o primeiro leilão de obras de arte em blockchain teve um lance de US$140 mil por um CryptoKitty. Em novembro do mesmo ano, também noticiado pelo CriptoFácil, outro leilão de obras de arte totalizou mais US$300 milhões em peças vendidas por meio da tecnologia blockchain. Consta como positivo não só o valor do segundo leilão, como também a entidade responsável por organizá-lo: a Christie’s, uma das maiores casas de leilão de obras de arte do mundo.
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