A rede social Truth Social, ligada ao presidente Donald Trump, apresentou nesta quinta-feira (05), um formulário S-1 à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) para entrar no mercado de ETFs de Bitcoin com o Truth Social Bitcoin ETF. O fundo, se aprovado, será listado na NYSE Arca e acompanhará o preço de mercado do Bitcoin.
Dois dias antes, a NYSE Arca já havia protocolado o formulário 19b-4, exigido para que o fundo possa ser negociado publicamente. As duas etapas fazem parte do processo padrão para aprovação de um ETF nos EUA.
A proposta chamou atenção por trazer uma novidade nos documentos oficiais de ETFs cripto. De acordo com o analista Eric Balchunas, da Bloomberg, o prospecto destaca possíveis impactos da agenda pró-cripto de Trump. É a primeira vez que o patrocinador do ETF aparece na seção de riscos, algo incomum nesses registros.
O texto menciona o grupo de trabalho sobre criptomoedas criado pela SEC em janeiro e a ordem executiva de Trump, publicada em março, que estabelece uma Reserva Estratégica de Bitcoin nos EUA. O documento admite que não é possível prever como essas políticas afetarão o fundo, o patrocinador Yorkville America Digital, a Truth Social ou seus parceiros.
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Trump intensifica presença com ETFs de Bitcoin
A entrada da Truth Social no mercado de ETFs marca mais um passo no fortalecimento dos laços entre Donald Trump e o ecossistema cripto. No mês passado, o grupo Trump Media & Technology Group (TMTG) anunciou uma oferta de US$ 2,5 bilhões para formar uma tesouraria corporativa de Bitcoin.
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A aprovação do ETF colocaria a Truth Social ao lado de gigantes como BlackRock, Fidelity e Grayscale, que já operam fundos spot de Bitcoin nos Estados Unidos. Juntos, esses fundos movimentam cerca de US$ 126 bilhões em ativos vinculados à criptomoeda.
O lançamento do Truth Social Bitcoin ETF pode ir além do mercado financeiro. Ele sinaliza que o Bitcoin passou a integrar a estratégia política de Trump e pode se tornar um tema relevante na disputa eleitoral de 2024.
Ao envolver uma empresa com fortes vínculos partidários, o novo ETF também levanta discussões sobre o uso político das criptomoedas e seu papel na economia digital dos próximos anos. Com isso, a SEC deverá avaliar não apenas critérios financeiros, mas também impactos institucionais e geopolíticos.