Uma equipe da Coinfirm, empresa especializada no combate à lavagem de dinheiro via blockchain, conseguiu rastrear e observar movimentos dos 7.074 Bitcoins roubados no ataque à exchange Binance nesta terça-feira, 07 de maio.
De acordo com a empresa, às 4h11 (UTC) desta quarta-feira, 08 de maio, o hacker ou hackers transferiram 1214 BTC (US$7,16 milhões) para novos endereços. Em seguida, transferiram outros 1337 “para dois novos endereços mantidos pelo hacker”. O ataque de ontem foi o quarto maior ataque à uma exchange em 2019, após os roubos na Cryptopia, DragonEx e Bithumb.
Toda movimentação e acompanhamento das transações foi divulgado pela Coinfirm por meio do seu perfil no Twitter.
O ataque ocorreu às 17h15 do dia 07 de maio, quando hackers roubaram, por meio de uma única transação, os 7.074 Bitcoins de uma única carteira online (hot wallet) da Binance. Os hackers, então, transferiram pequenas quantidades para carteiras menores.
Dada a natureza aberta e auditável da blockchain do Bitcoin, é possível rastrear o caminho de todas as criptomoedas roubadas no ataque – exatamente o que a Coinfirm fez. No entanto, é difícil executar uma perícia real nas carteiras para entender quem as criou.
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A escritora e analista de blockchain Amy Castor acha que os hackers estão tentando apagar seus rastros. Isso, segundo ela, explica a divisão dos Bitcoin roubados em pequenas transações.
“A regra número 1 da lavagem de dinheiro é dividir as transações em quantidades cada vez menores, tornando-as mais e mais difíceis de rastrear”, disse ela.
O esquema abaixo, divulgado pela Coinfirm, ajuda a entender como funciona o processo dessa divisão utilizada pelos hackers. Até o momento, não existem pistas sobre a identidade dos criminosos.
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