A FastBlock é uma empresa brasileira focada em mineração de Bitcoin. Ela é também a revendedora oficial da Bitmain na América Latina.
Segundo um comunicado enviado ao CriptoFácil, a empresa adquiriu um centro de dados em Atlanta, nos Estados Unidos.
De acordo com o documento, o objetivo é trazer mais da mineração de Bitcoin para o Ocidente.
Expandindo a mineração de Bitcoin
A FastBlock assumiu recentemente as operações de um dos maiores centros de dados do mundo. Localizado em Atlanta, nos Estados Unidos, o espaço possui mais de 25.000 metros quadrados e é suficiente para dar conta da nova base, que opera 20 Megawatt de carga.
O comunicado ressalta que a escolha por Atlanta se deu por conta da cidade ser um dos maiores polos de criptomoedas e mineração dentro dos Estados Unidos.
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Além disso, a recente sinalização do governo estadunidense sobre tratar o Bitcoin e sua mineração como setor industrial impactou na escolha.
A descentralização do mercado também foi apontada como fator por trás da escolha. Atualmente, a China domina cerca de 65% da hash rate do Bitcoin.
Desta forma, a FastBlock espera trazer mais deste potencial para o ocidente.
Ainda segundo o comunicado, a aquisição dará mais velocidade e descentralização aos nós de mineração.
Bernardo Schucman, CEO da FastBlock, falou sobre a aquisição:
“Por estar muito centralizada na China, cerca de 50% do mercado, a mineração fica muito vulnerável, por isso trouxemos o centro de dados para um polo novo. Nos Estados Unidos, a descentralização faz muito mais sentido, além de ser um país em que o governo está olhando para as criptomoedas e para a mineração com bons olhos.”
A estimativa da FastBlock é atingir uma potência de mais 30 megawatt, totalizando 50 megawatt de potência atribuída.
Atualmente, 4500 equipamentos estão instalados no centro de dados, bem como 20 funcionários estão operando. Toda a estrutura garantiu à FastBlock minerar cerca de 400 Bitcoins.
Queda na lucratividade
Recentemente, foi publicado que o mês de junho viu uma queda na lucratividade quanto à mineração de Bitcoin.
O CriptoFácil indagou Schucman sobre o impacto de queda nas operações da FastBlock. O CEO da empresa respondeu:
“Realmente, o resultado da mineração caiu e a FastBlock já havia sinalizado, nesse sentido, durante o ano sobre esse resultado. Pensando nisso, a empresa veio buscando aumento de escala operacional para ganho de eficiência e de custo. Com isso, a FastBlock ampliou para ter um resguardo e manter um custo baixo na operação. A ampliação da FastBlock está diretamente ligada à redução dessa performance da operação e ao movimento do mercado em industrializar. Centros de dados com 20 Megawatts passam a ser padrão, pois acredito que não vai existir alguém menor e isso venha se tornar a ser uma tendência de mercado.”
Tendo em vista o movimento de expansão em meio à queda de lucratividade, Schucman foi também questionado sobre uma crença no retorno da rentabilidade em breve.
Ele respondeu:
“A FastBlock está aumentando a escala e reduzindo o custo operacional por conta dessa economia de escala, tomando ativamente uma busca por essa economia e pelo retorno da rentabilidade. Mas acredito sim no retorno naturalmente, por conta do preço do Bitcoin, que está começando a ser sentido por conta do pós-halving e com isso ter um aumento na rentabilidade.”
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