O bilionário e CEO do Twitter, Elon Musk, se envolveu numa polêmica pessoal, mas até isso fez o preço da Dogecoin (DOGE) se valorizar. De acordo com o CoinGecko, a criptomoeda abriu em alta de 6% apenas por causa de uma “recompensa” oferecida por Musk.
A novidade diz respeito a uma suposta mina de esmeraldas que a família de Musk possuiria na África. O bilionário negou várias vezes as alegações de que sua família possui essa mina, só que os rumores continuam a se espalhar na Internet.
Diante da insistência, Musk tomou uma atitude inusitada: oferecer uma recompensa de 1 milhão de DOGE para quem provar a existência da mina. Obviamente, o ato por si só contribuiu para o preço da criptomoeda disparar.
Reforçou a aposta
Tudo começou com um tuíte de um designer que trabalha para a Dogecoin. Usando o nome “DogeDesigner”, o usuário afirmou que Musk e sua família não possuem essa mina.
Classificando o rumor como “fake news”, o designer ofereceu 69.420 DOGE a qualquer meio de comunicação que possa provar a existência da mina em questão. Em valores atuais, a quantia corresponde a pouco mais de R$ 30 mil.
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Só que Musk decidiu ir além e reforçou a oferta. Respondendo ao tuíte de DogeDesigner, que havia marcado o bilionário, Musk aumentou o valor para 1 milhão de DOGE. “Eu pagarei 1 milhão de DOGE por uma prova da existência dessa mina”, escreveu Musk.
Bastou essa troca de mensagens para a DOGE se valorizar quase 8%, mas o movimento perdeu força ao longo da manhã. Com base na cotação atual, o prêmio de Musk corresponde a R$ 440 mil.
Boatos sobre mina
Os rumores sobre a família de Musk possuir uma mina de esmeraldas na Zâmbia circulam na internet desde pelo menos 2018. Numa entrevista para a Forbes em 2014, conduzida pelo freelancer Jim Clash, Musk afirmou ter compartilhado uma anedota improvisada sobre seu pai, Errol Musk.
A anedota fazia referência à suposta mina, mas o assunto ganhou força na Internet. Posteriormente, a Forbes removeu o artigo, mas ele continua disponível no Internet Archives. Os rumores ganharam força após Musk adquirir o Twitter, mas o bilionário sempre negou a existência da mina.
Alguns meses depois, um vídeo foi postado por Robert Reich, professor de Berkeley e ex-secretário do Trabalho dos Estados Unidos, argumentando que vários bilionários na verdade tiveram uma educação privilegiada, apesar de serem descritos como “feitos por conta própria”.
O vídeo citava o exemplo da família de Musk como proprietária de uma mina de esmeraldas durante o apartheid da África do Sul, regime racista que vigorou entre 1948 e 1994. No vídeo, Reich aponta que foi esse dinheiro inicial que possibilitou que ele se tornasse o bilionário que é hoje.
Dessa forma, muitos passaram a acusar a família de Musk de enriquecer às custas de fazer parceria com um regime racista. Musk, em contrapartida, acusou Reich de “idiota e mentiroso”. Até hoje, ninguém conseguiu provar concretamente a existência da mina.