Segundo muitos analistas políticos, as eleições de 2018 no Brasil prometem ser uma das mais imprevisíveis desde a redemocratização devido a inúmeros fatores, como a falta de crença na classe política, a ascensão do extremismo de direita aliado aos clamores de “volta da ditadura”, a instabilidade jurídica, o momento econômico desfavorável, entre tantos outros.
Entretanto, independente dos resultados das votações de outubro, aplicações em blockchain e inteligência artificial estão ganhando corpo para monitorar a classe política e trazer mais transparência ao processo.
Como mostra o jornal Estado de São Paulo, um dos exemplos destas novas aplicações é a “Operação Serenata de Amor”, criada em 2016 para monitorar gastos abusivos de parlamentares, que funciona a partir da Rosie, um bot que organiza dados de despesas publicados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal e os publica automaticamente no Twitter.
Já em São Carlos, a startup SigaLei monitora os projetos de lei e ações de deputados e senadores por meio de um software que captura informações em diferentes portais legislativos e sinaliza quando há novos projetos, o andamento de cada um deles e quais temas são de interesse do políticos.
No Rio de Janeiro, o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio) usa uma plataforma baseada em blockchain para coletar assinaturas para projetos de lei de iniciativa popular. Chamado Mudamos, os desenvolvedores do instituto usam a cadeia de blocos para evitar fraudes nas assinaturas e garantir a autenticidade dos participantes.
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Entretanto como salienta Marco Konopacki, coordenador de projetos do ITS-Rio, nenhuma tecnologia vai mudar o processo se não houver engajamento da população:
“O desafio tecnológico é grande, mas a falta de cultura e engajamento político é a principal barreira e ainda não conseguimos quebrá-la aqui no Brasil”, lamenta Konopacki.