Diversos analistas prevêem que o preço do Bitcoin atingirá novos recordes ainda em 2018 impulsionados por uma quinta onda de alta, ligada não apenas às análises gráficas, mas a um clima favorável em relação à regulamentação do mercado, que inclui a possível aprovação de um ETF pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês). No entanto, para Tuur Demeester, economista e importante trader mundial de criptomoedas, os preços podem até subir, mas não atingirão novos recordes este ano.
Escrevendo no Medium, Demeester expõe que 2018 provavelmente será lembrado como uma era de dificuldades de crescimento devido a inúmeros fatores, como o aumento da competitividade nas operações de mineração que, segundo ele, perdeu mais de 90% de sua rentabilidade desde janeiro, obrigando uma parcela significativa de operadores a venderem seus BTCs. No entanto, nem os investidores de varejo nem as instituições estão fornecendo apoio suficiente para fazer com que esta demanda de venda seja seguida por uma demanda forte de compra, registrando queda nos preços.
As perspectivas técnicas do Bitcoin parecem igualmente sombrias. Demeester diz que tanto o Índice de Valor de Rede para Metcalfe (NVM), que mede o valor de uma rede em relação à atividade do usuário, quanto a Relação Valor de Rede para Transações (NVT) sugerem que o Bitcoin pode, de fato, estar supervalorizado comparado ao seu estado atual de adoção e, desta forma, pode reentrar em uma trajetória de declínio para então se recuperar somente em 2019, ou até mesmo nos anos seguintes.