O Banco Central do Brasil revelou um plano ambicioso que promete revolucionar o Sistema Financeiro Nacional com o Drex, a moeda digital brasileira em desenvolvimento.
De acordo com Fábio Araújo, coordenador do projeto Drex no Banco Central, o objetivo é integrar todos os serviços e negócios financeiros nessa nova plataforma, tornando-a o núcleo do sistema financeiro do país.
Durante o Fórum Ativos Digitais, realizado pelo BlockNews e pela Cantarino Brasileiro, Araújo destacou que o Drex será o “STR 2.0”. Trata-se de uma versão aprimorada do atual Sistema de Transferência de Reservas (STR), que coordena as transações financeiras no Brasil.
Araújo explicou que a transição para o Drex não será imediata. Isso porque ainda é necessário concluir algumas etapas importantes antes de sua adoção em larga escala.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
“Estamos nos preparando para levar o Drex à fase de testes com a população, para entender como as pessoas reagem e absorvem esses novos serviços”, disse ele.
Com a interoperabilidade e escalabilidade sendo pontos centrais do projeto, o Banco Central planeja realizar testes para garantir que o Drex atenda às necessidades do mercado e dos consumidores de forma eficiente.
Drex: testes com a população e expansão
O Banco Central pretende abrir o projeto para novos participantes do mercado nas próximas semanas. Uma chamada pública ficará aberta por quatro semanas, com o objetivo de ampliar os casos de uso do Drex. Conforme ressaltou Araújo, o desenvolvimento do Drex envolve diversos desafios, como segurança cibernética e privacidade.
O projeto já conta com quatro soluções de privacidade em testes, e novas alternativas podem surgir conforme a Moeda Digital avança.
Além disso, o coordenador do Drex deixou claro que o BC vai trabalhar com reguladores do mercado imobiliário e automotivo nesta segunda fase do projeto. O BC adicionará ainda camadas de governança que garantam a segurança e a privacidade dos usuários.
Ao contrário do que muitos podem imaginar, o Drex não é apenas uma versão digital do dinheiro físico. Araujo explicou que o Drex será uma plataforma aberta e inclusiva. Na prática, permitirá que empresas e instituições financeiras desenvolvam novos serviços e soluções financeiras para a população.
“O Drex abre um ecossistema público, possibilitando a criação de contratos e serviços de forma mais eficiente”, afirmou Araújo.
Essa plataforma vai além de ser um meio de pagamento digital. O Drex permite a integração de contratos inteligentes, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de novos negócios no setor financeiro.
Para Araújo, a verdadeira inovação do Drex está em sua capacidade de oferecer uma infraestrutura pública robusta que permite o desenvolvimento de soluções financeiras de maneira escalável e segura.