Golpistas alvos de ações judiciais por prática de pirâmide financeira estão circulando livremente no Brasil com documentos falsos. Foi o que descobriu a Polícia Federal durante investigações cujo alvo é uma quadrilha responsável por falsificar documentos.
Na manhã desta quarta-feira (30), a PF cumpriu 13 mandados de busca e apreensão para desarticular o esquema. A chamada Operação Reborn fez buscas em Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo e Santa Catarina. Além disso, contou com a participação de cerca de 70 agentes.
Operação Reborn
Conforme informou a PF em comunicado, os criminosos usavam certidões de nascimento falsas que eram lavradas pela responsável por um cartório de registro civil localizado em Luislândia (MG). O nome da mulher não foi revelado.
“Em posse dessas certidões de nascimento ideologicamente falsas, eram fraudados documentos de identificação expedidos por vários órgãos, como carteiras de identidade, CPFs, títulos eleitorais e CNHs; além da criação de uma pessoa jurídica, cadastramento de biometria eleitoral, cadastramento de veículos e solicitações de auxílio emergencial”, disse a PF.
As investigações concluíram que os beneficiários desses documentos falsos eram foragidos da Justiça com extensa ficha criminal. Líderes de pirâmides financeiras e imigrantes ilegais oriundos de países árabes estão entre os favorecidos. De acordo com a PF, essas pessoas buscavam nova identidade para escapar dos comprometimentos jurídicos.
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Através da investigação, os agentes identificaram um brasileiro, com cidadania estadunidense, vivendo em Florianópolis (SC) com identidade falsa.
O homem, que não teve sua identidade revelada, é procurado pela Interpol por condenação a mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos.
As autoridades disseram ainda que os documentos fraudulentos também foram utilizados para atividades econômicas em contas bancárias em grandes instituições financeiras.
Operação Stellio
As investigações tiveram início durante a análise de documentos apreendidos na operação Stellio deflagrada em dezembro de 2019.
A ação desvendou fraudes no saque de créditos de precatórios judiciais com procurações falsas no valor de R$ 1,3 milhão.
Na época, foram cumpridos sete mandados de prisão e 14 de busca e apreensão em várias regiões do país. Ademais, a investigação conseguiu denunciar dez pessoas envolvidas no esquema.
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