O teto de gastos públicos é visto com bons olhos pelo mercado, de maneira geral.
Estipulado através de Emenda Constitucional em 2016, no governo Temer, o teto de gastos foi criado como uma resposta ao déficit econômico iniciado nos anos anteriores.
De forma resumida, o teto previne que os governantes aumentem as despesas públicas por um período de vinte anos.
Assim, essas despesas ficam limitadas ao que foi gasto no ano anterior, corrigido pela inflação. Porém, com a recessão econômica provocada pelo coronavírus, o governo federal está cogitando burlar o teto.
Embora não exista um movimento concreto nesse sentido, o próprio Presidente da República admitiu que atualmente existem conversas sobre tal possibilidade.
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O problema em furar o teto de gastos são as possíveis consequências devastadoras para a economia brasileira. Ao menos, é o que aponta uma pesquisa recente realizada pela XP Investimentos.
Furo do teto de gastos pode fazer o dólar disparar
A XP Investimentos realizou uma pesquisa com investidores, acerca das consequências de um possível furo no teto de gastos.
Dessa maneira, a pesquisa foi realizada com bancos, instituições financeiras, gestores de recursos e outros tipos de investidores.
Para os entrevistados, a violação parcial do teto de gastos pode fazer o dólar subir para R$ 5,50. Sem teto de gastos, o dólar dispara para R$ 6,50.
Contudo, caso o teto seja respeitado, o dólar fica na casa dos R$ 5,00.
Naturalmente, não há como saber se o cenário catastrófico vai se confirmar no cenário em que o teto não é respeitado.
Apesar disso, a pesquisa deixa claro que o mercado, através da opinião dos investidores, é amplamente favorável ao instrumento de controle fiscal.
IBOV despenca sem o teto de gastos
Além da disparada do dólar, os investidores entendem que o respeito ao teto de gastos é essencial para a bolsa de valores brasileira.
Logo, caso o teto seja respeitado, os investidores acreditam que o IBOV sobe para os 117 mil pontos.
Esse patamar é próximo ao que foi obtido na B3 Bovespa no período entre o meio de 2019 e o começo de 2020.
Porém, sem o teto de gastos o IBOV cai para 80 mil pontos, segundo os investidores. Além disso, com uma violação parcial, o IBOV se mantém próximo aos 100 mil pontos.
Finalmente, vale ressaltar que o governo está se manifestando no sentido de não furar o teto.
Segundo uma entrevista recente de Guedes, a equipe econômica vai tentar remanejar os investimentos, visando respeitar o teto.
Por isso, vale a pena esperar pelo desenvolvimento da disputa entre a equipe de Paulo Guedes e a parcela do governo que prefere aumentar os gastos durante a crise atual.
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