A popularização do Bitcoin e da blockchain tem feito surgir uma série de produtos culturais destinados a apresentar, explicar, inserir e até educar o público em geral sobre estas novas tecnologias e como elas podem impactar a sociedade como um todo.
Na esteira desta tendência, acaba de estrear nos cinemas em Nova York, EUA, sem previsão ainda para chegar ao Brasil, o documentário “Trust Machine, the story of blockchain” (Maquina de confiança, a história da blockchain, em tradução livre), produzido pelo cofundador do Ethereum Joseph Lubin, que também é fundador do conglomerado de tecnologia ConsenSys. Recentemente, no Brasil, Lubin fez uma parceria com a instituição de ensino Blockchain Academy para oferecer diversos cursos.
A produção é escrita e dirigida por Alex Winter e abrange assuntos que vão desde a história do Bitcoin até os promissores casos de uso da tecnologia blockchain. Em relação à história do Bitcoin, o filme credita a crise financeira global de 2008 como a razão que levou o misterioso Satoshi Nakamoto a desenvolver um livro aberto e descentralizado para transações. Nem tudo saiu perfeito, no entanto, e o documentário lamenta que o BTC inicialmente tenha se tornado famoso por seu uso em negócios ilícitos na internet e alega que isso, infelizmente, rendeu à criptomoeda emblemática uma percepção e uma reputação que ainda está tentando se livrar.
No entanto, apesar de ter sido produzido por uma das pessoas chaves da industria de criptomoedas, o documentário não traz nada de novo, em termos de informação, e é destinado a um público “não iniciado”, que pretende conhecer e entender o que é a tecnologia.
Segundo a avaliação do crítico de cinema do New York Times Ben Kenigsberg:
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“Uma miscelânea de argumentos impulsionadores da tecnologia blockchain, nem sempre de modo claro, mas faz um trabalho decente de explicando o conceito básico.”
Apesar de todo o potencial revolucionário da tecnologia blockchain, o filme de Winter admite que o que está atraindo a maioria das pessoas para as criptomoedas e para a tecnologia blockchain é o desejo de ficar rico.
“Ainda assim, para a maioria das pessoas no mundo atualmente, a coisa mais empolgante da blockchain é a perspectiva de fazer uma fortuna da noite para o dia”, observa o The Hollywood Reporter. “Nas cenas finais, a narração do filme reconhece o quão atraente esse campo é para os golpistas e especuladores.”
Este não é o primeiro filme a tratar do tema, e produções como: Bitcoin – o fim do dinheiro como conhecemos (Bitcoin: The End of Money as We Know It); Banking on Bitcoin; O Surgimento e a ascensão do Bitcoin (The Rise and Rise of Bitcoin); Life on Bitcoin; Bitcoin Heist; The Blockchain and Us e Bitcoin in Uganda e Bitcoin in Argentina já exploraram o tema.
No Brasil, duas séries vêm sendo produzidas, com menos didatismo e mais “abertas” em suas temáticas, para abordar a relação das criptomoedas e da sociedade. A primeira, a série Holdx que já possui dois episódios e é produzida pelo Criptomoedas Fácil, e a produção “Around the Block”, de Felipe Sant´Anna, da Paratti,