Os mineradores de Bitcoin (BTC) foram esmagados em 2022. O que parecia ser um ano de capital suficiente para expansão, altos preços de energia, aumento da concorrência e um mercado em baixa derrubou vários gigantes da mineração.
Mas a atividade de mineração seguiu em força total, conforme demonstrado pelo poder de processamento (hash rate) do BTC. De acordo com o pool BTC.com, a dificuldade de mineração da criptomoeda cresceu 10,26% e atingiu 37,59 trilhões de hashes.
Como resultado, o BTC voltou a atingir a máxima histórica em termos de dificuldade de mineração. O valor atual quebrou o recorde anterior de 36.95 trilhões, atingido em 20 de novembro. Além disso, este foi o maior aumento percentual de dificuldade registrado pela rede em três meses, quando a dificuldade subiu 13,55%.
Novo recorde
O ajuste de dificuldade serve para regular o crescimento da rede conforme novos mineradores entram ou saem. Nesse sentido, quanto maior a entrada de mineradores, mais o ajuste aumenta, tornando mais difícil minerar novos BTC.
Este aumento ocorre a cada 2016 blocos minerados, ou cerca de duas semanas. E de fato, o aumento recente coincide com a valorização no preço do BTC, que subiu 24,81% nos últimos 14 dias.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
Segundo o pool F2Pool, a dificuldade de mineração pode continuar a crescer se o preço do BTC seguir em tendência de alta.
“A dificuldade de mineração do Bitcoin aumentou 10,26%, para uma máxima histórica! Neste ciclo de duas semanas, se o BTC puder subir acima de US$ 23.000, as máquinas que são mais eficientes do que 40W/T podem operar com lucros na eletricidade de US$ 0,08/kWh”, disse o pool.
Quando a dificuldade sobe, as máquinas menos eficientes geralmente encerram suas atividades, especialmente quando o preço está baixo. Mas se o preço do BTC sobe, o lucro da mineração aumenta, o que tende a atrair mais players.
De acordo com o CoinGecko, um BTC está valendo US$ 21.175 no momento da escrita deste texto. Se o preço romper os US$ 23.000, a mineração pode ficar lucrativa. Mas a estimativa para o próximo ajuste, que deve ocorrer em 29 de janeiro, é de uma queda de 0,21% até o momento.
Alta na dificuldade, queda nas empresas
O hash rate do BTC também quebrou recordes e atingiu 272,58 exahashes por segundo (EH/s), mesmo com as dificuldades no setor de mineração. Por exemplo, a falência da mineradora falida Core Scientific, que desligou 9.000 mineradoras em dezembro.
Essa tendência pode demonstrar que o hash rate está passando de mãos fracas para mãos fortes. Ou seja, para o controle de empresas mais sólidas e até mineradores individuais.
Em termos de distribuição de pools de mineração, a Foundry USA comanda a maior participação com 36,16%, seguida pela AntPool com 20,81% e F2Pool com 11,72%%.