Não está fácil minerar Bitcoin (BTC). Além da baixa no preço da maior criptomoeda do mercado, os mineradores também estão tendo que lidar com o aumento regular da dificuldade de mineração.
A dificuldade de mineração do Bitcoin atingiu o recorde histórico esta semana, de 55,62 trilhões de hashes. Ou seja, o poder computacional necessário para validar transações de Bitcoin nunca foi tão grande.
As métricas sugerem que o próximo ajuste de dificuldade da rede deverá ocorrer no início de setembro. Nesta ocasião, deve haver um novo aumento de 55,62 trilhões de hashes para 56,37 trilhões de hashes.
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O que é a dificuldade de mineração?
Os ajustes de dificuldade de mineração de BTC ocorrem a cada 2.016 blocos. Ou seja, aproximadamente a cada duas semanas, em sincronia com a taxa de hash da rede. A dificuldade de minerar um bloco de Bitcoin refere-se à complexidade do processo matemático por trás da mineração. Esse fator se ajusta de forma automática para manter o tempo necessário para minerar um novo bloco constante em cerca de 10 minutos.
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No processo de mineração de BTC, os mineradores tentam encontrar um hash abaixo de um nível definido. Assim, quando eles “descobrem” esse hash, ganham a recompensa em BTC. À medida que mais poder de computação se conecta à rede, a dificuldade aumenta. Por outro lado, à medida que o poder de computação sai da rede, a dificuldade diminui.
Além disso, a dificuldade de mineração também reflete a segurança da rede Bitcoin. Afinal, quando maior a dificuldade de mineração e o hash rate, mais difícil é organizar um ataque contra o BTC.
De acordo com analistas da Bitfinix, o aumento na dificuldade de mineração sugere que “os mineradores acreditam que o nível atual do BTC está razoavelmente valorizado, ou talvez um pouco abaixo do seu valor real”.
Baixa taxa de venda
O aumento do nível de dificuldade coincide com uma baixa taxa de venda dos mineradores, de acordo com o relatório da Bitfinix. Isso pode ser interpretado como a confiança dos mineradores de que o Bitcoin vai se recuperar mais cedo ou mais tarde.
“Os mineradores estão investindo mais recursos para extrair Bitcoin a esses preços, o que poderia ser altamente lucrativo para eles”, disseram os analistas.
O Bitcoin está tentando se recuperar de US$ 1 bilhão em liquidações de futuros na última quinta-feira. De acordo com dados do CoinGecko, o preço da maior criptomoeda do mercado está em US$ 25.926, tendo recuado 12% nas últimas duas semanas.