O site norte-americano de notícias sobre finanças e negócios CNBC conversou com investidores de criptomoedas e especialistas em segurança cibernética para coletar algumas dicas de como proteger as criptomoedas de ataques de hackers.
Durante este ano, o crescimento de usuários de criptomoedas tem sido considerável. A Coinbase, uma das maiores do mundo, incluiu em sua carteira cerca de 1,9 milhão de novos usuários nos últimos meses, por exemplo. A maioria desses novos usuários desconhece os riscos e obstáculos de segurança nesse universo e acaba tornando-se presa fácil para hackers.
Um crime comum aplicado em usuários de criptomoedas é um ataque que utiliza o número de celular da pessoa. Os hackers bisbilhotam as redes sociais em busca de conversas em que o usuário possa ter postado seu número de telefone. Na sequência, esses hackers fazem contato com a companhia telefônica fingindo ser a vítima e pedem para transferir o número vigente para um aparelho que esteja sob o seu controle. Depois que os hackers assumem o número de telefone, eles podem entrar na conta da vítima, redefinindo a senha para roubar as moedas digitais.
Porém, o número de celular não é o único ponto de fraqueza. Adam Dachis, ex-escritor do Lifehacker, disse que sua conta Coinbase foi saqueada por hackers que tomaram o controle de seu computador doméstico. “Os hacks de computador, os ataques de phishing e os esquemas ponzi são tipos comuns de roubo de criptomoedas“, disse Jonathan Levin, co-fundador da Chainalysis, uma empresa de software de inteligência especializada em rastrear e resolver crimes de criptografia.
Para descobrir algumas maneiras de como proteger os investimentos em criptomoedas, a CNBC conversou com três investidores e três especialistas em segurança cibernética. Todos admitiram que não há solução perfeita para o problema e que o conhecimento de como proteger o dinheiro de roubo no mundo real não é suficiente no mundo digital.
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Confira as algumas dicas:
Jonathan Levin, co-fundador da Chainalysis
- Antes de abrir uma conta em uma corretora de criptomoedas, configure um e-mail exclusivo que você vai usar para essa conta.
- Certifique-se de definir uma senha muito difícil e longa, e você deve ser o único a acessá-la. Não armazene esta senha em seu computador. Mantenha-a anotada em um papel e a armazena em local seguro.
Dan Romero, vice-presidente de operações da Coinbase
- Se tiver uma conta na Coinbase, desative a autenticação de dois passos baseada em SMS e a recuperação da conta por meio do seu e-mail. Se você mudar para o Google Authenticator, mas não desligar a recuperação da conta por SMS, um ataque que utiliza o seu número de telefone será capaz de acessar email, como descrito acima.
- Na Coinbase, configure o Coinbase Vault e a autenticação de dois passos para qualquer envio fora do site.
Sean Everett, vice-presidente de gerenciamento de produtos. Teve sua conta na Coinbase hackeada por ataque de troca de número de telefone.
- Não falar sobre criptomoedas publicamente, especialmente em mídias sociais.
- Ligue para a sua operadora de celular, coloque todos os níveis de segurança possíveis e adicione um código de acesso.
- Embora a Coinbase diga que leva o fator segurança a sério, e tenha projetos de sistemas para proteção de clientes, ela não é um banco. Não confie como se fosse.
Adam Dachis, consultor digital. Sua conta na Coinbase foi invadida por um hack no computador
- Não guarde todos os seus investimentos em criptomoedas em um só lugar. Diversifique entre corretoras. É improvável que você seja hackeado ao mesmo tempo em todas elas, especialmente se tiver diferentes e-mails e senhas para cada uma.
Sanjay Beri, CEO da Netskope e especialista na aplicação de segurança em aplicativos e redes da nuvem.
- Mantenha suas criptomoedas moedas fora da internet, em uma carteira offline (cold wallet).
- A carteira online (hot wallet) serve para transações diárias. Encare a carteira online como uma conta corrente e a carteira offline como uma conta poupança.
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