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Deutsche Bank: moedas digitais de bancos centrais serão padrão

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As moedas digitais de bancos centrais (CBDCs, na sigla em inglês) substituirão o dinheiro no longo prazo. É o que afirmou o banco alemão Deutsche Bank na terça-feira (10).

Em sua última edição do periódico “Konzept“, o banco disse que a pandemia de coronavírus acelerou o uso de pagamentos digitais.

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Com isso, a tendência acabará levando as CBDCs a substituírem o dinheiro em espécie. O banco já tinha falado sobre o tema ao colocar o que falta para o Bitcoin ser uma moeda.

Desafios para emissão de CBDC

Segundo Marion Laboure, macro estrategista do Deutsche Bank, as nações desenvolvidas precisam superar dois desafios principais para a emissão e adoção de CBDCs.

Eles são as baixas taxas de juros e normas culturais relativas a privacidade. De acordo com Laboure, as CBDCs podem ajudar no ambiente atual de taxas de juros reais negativas.

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“Isso ocorre porque os consumidores atualmente têm pouco incentivo para depositar ou economizar dinheiro. Portanto, mover dinheiro de debaixo do colchão para uma conta bancária é improvável que aconteça [em escala] no curto prazo”, disse Laboure.

Além disso, as taxas de juros negativas diminuem o rendimento das aplicações bancárias. Com isso, as CBDCs podem acabar com os intermediários financeiros – os bancos.

“Da mesma forma, com contas bancárias pagando taxas de juros baixas, uma CBDC poderia ajudar a desintermediar o sistema bancário. As pessoas podem escolher manter seu dinheiro diretamente no banco central”, disse o relatório.

Países em atraso na elaboração de CBDC

No entanto, Laboure alerta que muitos países estão atrasados em seu progresso para moedas digitais. Ela cita China e Suécia como os líderes no desenvolvimento de CBDCs.

O documento alerta que os países que não emitirem suas CBDCs logo poderão depender de utilizar moedas de outros países.

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“Se outros países não os alcançarem [China e Suécia], eles podem descobrir que suas empresas são forçadas a adotar as moedas e políticas digitais de outros países como meios de pagamento”, disse Laboure.

Os EUA e a União Europeia, em particular, precisam se recuperar, segundo Laboure. Seu desenvolvimento na área é “muito lento”, disse ela.

De fato, economistas alertam que o dólar digital está bastante atrasado. Já na Europa, um executivo do Banco Central Europeu afirmou que o euro digital pode evitar a dependência de moedas digitais emitidas por entidades estrangeiras.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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