Após o inesperado adiamento do hard fork na rede do Ethereum, denominado Constantinople, os principais desenvolvedores da rede propuseram que a atualização fosse programada para o dia 27 de fevereiro.
O Constantinople é estimado pelos desenvolvedores para acontecer em algum momento entre 26 de fevereiro e 28 de fevereiro. O número do bloco no qual ele será ativado ainda não foi divulgado.
A proposta foi feita durante uma chamada de vídeo feita entre os desenvolvedores na manhã da última sexta-feira, 18 de janeiro. Entre os participantes da chamada, estavam o criador do Ethereum Vitalik Buterin e outros desenvolvedores, incluindo Hudson Jameson, Lane Rettig, Afri Schoedon, Péter Szilágyi, Danny Ryan e Alexey Akhunov.
O adiamento do Constantinople ocorreu após a empresa de auditoria de contratos inteligentes ChainSecurity ter sinalizado na terça-feira, 15 de janeiro, nas vésperas do hard fork, uma vulnerabilidade de segurança em uma das cinco Propostas de Melhoria do Ethereum (EIPs) definida para inclusão no hard fork em relação aos custos de armazenamento de dados na blockchain.
Em entrevista ao portal de notícias CoinDesk na terça-feira, 16 de janeiro, Matthias Egli – COO da ChainSecurity – destacou que o problema provavelmente não foi detectado pelos desenvolvedores ao executar testes no software, uma vez que o impacto está enraizado no desenvolvimento de contratos inteligentes, não necessariamente no desenvolvimento da máquina virtual do Ethereum”.
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Como resultado da vulnerabilidade, o Constantinople, agora marcado para ativação no próximo mês, não incluirá a inclusão da EIP com bugs – ela será testada e remodelada para inclusão em um fork subsequente.
Em vez disso, a atualização será emitida em duas partes simultaneamente na rede principal. A primeira atualização incluirá todos os cinco EIPs originais e uma segunda atualização removerá especificamente o EIP 1283.
Essa estratégia – sugerida inicialmente por Szilágyi – destina-se a garantir que redes de testes e redes privadas que já implementaram o upgrade completo de Constantinople possam implementar facilmente uma correção sem reverter nenhum bloco.
“Minhas sugestões são definir dois hard forks, o Constantinople como está atualmente e um para consertar a falha, o qual apenas desabilita esse recurso. Tendo dois forks, todos que realmente atualizaram podem fazer uma segunda divisão para realmente fazer um downgrade, por assim dizer”, explicou Szilágyi.
Uma decisão imediata de reativar o Constantinople, mais cedo ou mais tarde, foi necessária, em parte, devido à ativação prolongada da dificuldade da bomba do Ethereum – um pedaço de código embutido na blockchain fazendo com que os tempos de bloqueio aumentassem ao longo do tempo.
Com o objetivo de encorajar a transição para um novo algoritmo de consenso conhecido como prova de participação (PoS), um atraso da bomba foi sugerido na EIP 1234 devido à pesquisa insuficiente no momento para uma transição para PoS.
Uma vez ativado na rede, o Constantinople incluirá a EIP 1234 e atrasará a bomba de dificuldade por um período de 12 meses.
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