Os desenvolvedores do Ethereum (ETH) lançaram uma nova rede de desenvolvedores para testar as retiradas de staking do “ETH 2.0”. Com isso, a equipe planeja experimentar diferentes formas de como disponibilizar os saques de ETH aos usuários.
A mineração via Prova de Participação (PoS) trouxe a possibilidade de staking de ETH na troca dos mineradores pelos validadores. No entanto, quem possui Ether (ETH) em staking ainda não consegue sacar e manusear livremente suas criptomoedas.
De acordo com os desenvolvedores, o recurso de saque de ETH do staking será lançado com a atualização Shangai. Enquanto isso, a nova rede de testes permitirá aos desenvolvedores trabalharem nas soluções futuras para os saques.
Segundo o desenvolvedor Marius Van Der Wijden, a nova rede ajudará a encontrar possíveis bugs e preparar a rede para permitir as retiradas. Em seguida, a equipe deve colocar a solução no hard fork Shangai, que deve sair em 2023.
“É o primeiro devnet que permitiu retiradas e é um grande passo”, disse Van Der Wijden.
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Como funciona o staking?
Na mineração PoS, a figura do minerador é substituída pela do validador de blocos. Para participar desse processo, os validadores precisam depositar 32 ETH na Beacon Chain, que era a rede PoS. Com o lançamento do The Merge, a Beacon Chain se fundiu com a camada principal do Ethereum.
Parte do acordo era que todo o ETH deixado em staking, bem como quaisquer recompensas acumuladas permaneceriam trancados no contrato inteligente da Beacon Chain até a próxima atualização, que aconteceria em algum momento após o The Merge. Esta atualização será a Shangai.
Espera-se que a atualização inclua o mecanismo pelo qual a rede vai liberar essas recompensas. Houve uma implementação projetada para seis a 12 meses após a fusão, de acordo com o site da Fundação Ethereum. Ou seja, o mesmo período no qual ocorrerá o lançamento da nova atualização
Mas, na semana passada, os seguidores notaram que uma mudança: o site da Fundação não tinha mais um cronograma proposto. Por isso, muitos usuários se perguntaram se haveria atrasos na implementação dos saques..
Cronograma em aberto
De acordo com Tim Beiko, líder de suporte de protocolo na Fundação, a projeção original de “seis a 12 meses é o tempo ‘médio histórico’ entre atualizações no Ethereum. Isto é, não se tratava de uma projeção exata de tempo. Beiko também admitiu que a solução dos saques encontra “dificuldades”.
“Não vejo por que essa atualização demoraria mais, mas ainda não avançamos o suficiente no processo para falar sobre as principais datas de implantação da rede”, disse.
Essa mudança de linguagem, mesmo que seja inócua, não está agradando aos apostadores da ETH no momento. Eles querem saber exatamente quando poderão acessar seus fundos, e a falta de detalhes parece deixá-los nervosos.
Parithosh Jayanthi, engenheiro da Fundação, afirmou que desenvolvedores estão comprometidos em tornar as retiradas uma prioridade para o Shangai.
“Sempre há discussões sobre cronogramas e mudanças, mas acho que nunca houve mais consenso entre os principais desenvolvedores para adiar as retiradas. Ele foi e sempre será incluído no próximo hard fork. Não vejo um cenário em que não teremos implementação dos saques no Shangai”, disse.
O ponto central do Shainga são as retiradas, mas a atualização trará outras Propostas de Melhoria da Ethereum (EIP). Por exemplo, o EIP-4844, também conhecido como proto-danksharding, pode ser um primeiro passo para tornar a rede mais escalável por meio do sharding.
Esse método que divide a rede em outros bancos de dados, ou “shards”. Com isso, a atualização aumenta a capacidade de transações da rede, reduzindo suas taxas.