Um desenvolvedor conhecido como Mishaboar voltou a soar uma alerta em relação à exchange Huobi. Na segunda-feira (7), o desenvolvedor fez um apelo para que os detentores de Dogecoin (DOGE) retirassem suas criptomoedas da exchange.
Mishabor é um dos maiores defensores e entusiastas da DOGE, mas escreveu um tuíte falando sobre a situação da Huobi. O desenvolvedor levantou dúvidas sobre o sistema de Prova de Reservas da empresa e fez o alerta aos seus mais de 34.000 seguidores.
“Houve dúvidas sobre as reservas em Huobi por um tempo. Lembre-se também de que a ‘prova de reservas’ promovida pela maioria das exchanges é pouco mais que um golpe publicitário. Refere-se a um momento específico no tempo e diz pouco sobre as responsabilidades de uma exchange. Retire seu Dogecoin”, disse.
Esta chamada ocorre em meio a crescentes preocupações sobre a solvência de Huobi, levantando questões sobre a eficácia de conceitos amplamente aceitos, como prova de reservas. O diretor da Huobi, Justin Sun, negou as acusações e confirmou a solvência da exchange, mas os boatos continuam.
Dúvidas sobre a comprovação de reservas de Huobi
No centro dessa reviravolta inesperada está uma avaliação crítica do conceito de prova de reservas. Tradicionalmente, as exchanges usam esse conceito para demonstrar sua robustez financeira e tranquilizar seus investidores e clientes. De acordo com o sistema, a ideia é provar que as exchanges possuem todos os fundos dos seus clientes.
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Dessa forma, a plataforma confirmaria que tem todas as criptomoedas que diz ter. Logo, se houver uma corrida de saques ou uma grande crise, todos os clientes conseguiriam retirar seu dinheiro sem ter prejuízos.
No entanto, as palavras de advertência de Mishaboar lançaram um holofote sobre as limitações dessa prática. O defensor do DOGE argumentou que a prova de reservas pode ser enganosa e não retratar com precisão a situação de uma exchange. De acordo com as críticas, a prova de reservas consegue indicar que a exchange possui todos os ativos, mas não revela os passivos da empresa.
A declaração de Mishaboar serve como um lembrete de que, embora o conceito de prova de reservas seja um passo na direção certa, não deve ser o único critério para avaliar a saúde financeira de uma exchange. Se a exchange tiver mais passivos do que ativos, por exemplo, os clientes ainda poderão se prejudicar em caso de falência da plataforma.
Especialistas defendem que, em uma indústria que se orgulha de descentralização, inovação e tecnologia disruptiva, é crucial refinar e aprimorar continuamente os mecanismos que garantem a segurança e a confiabilidade das trocas de criptomoedas.
Soou o alarme
As preocupações com uma possível insolvência da Huobi foram levantadas pela primeira vez pelo executivo da própria exchange e renomado investidor anjo Adam Cochran. O cerne das alegações de Cochran gira em torno das diferenças entre os dados on-chain da Huobi e os números divulgados em sua auditoria no que tange às reservas de USDT da companhia.
Cochran apontou que os dados on-chain indicavam que a Huobi possuía apenas US$ 90 milhões em ativos. No entanto, a auditoria da empresa afirma que ela tem uma participação de US$ 630 milhões apenas em USDT.
Essa disparidade flagrante levantou uma enxurrada de perguntas que exigem respostas. Entre as perguntas, está como uma exchange relata uma reserva tão substancial de fundos enquanto os dados on-chain mostra uma imagem diferente?
Por outro lado, os dados indicam que a Huobi supostamente fez uma série de liquidações substanciais de USDT no mercado. O momento dessas transações é particularmente notável, ocorrendo logo após o lançamento do stUSDT, uma nova stablecoin introduzida pelo fundador da Tron, Justin Sun.
