Ganhando cada vez mais relevância no Brasil, a criptoeconomia está prestes a ganhar novos aliados em Brasília. Um grupo de deputados deu início à criação da Frente Parlamentar Mista de Blockchain e Ativos Digitais, que já conta com o apoio de diversos parlamentares, entre eles os deputados Goulart (PSD-SP), atual presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados e responsável pela iniciativa.
“Estamos diante de uma nova perspectiva econômica e tecnológica e o Legislativo tem de estar preparado para lidar com isso. Essa frente vai fomentar o debate, trazer perspectivas, discutir o que outros países vêm fazendo em termos de regulação. É um mercado muitas vezes estigmatizado, mas não podemos correr o risco de estrangular a inovação”, disse Goulart.
A iniciativa conta com o apoio da Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain (ABCB). Criada em abril, a entidade tem buscado o diálogo com autoridades do mercado, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
“A frente parlamentar surge como um centro de convergência de informação, discussão e proposição sobre a Criptoeconomia e a tecnologia Blockchain. Em meio aos grandes desafios das novas tecnologias, à frente parlamentar caberá traduzir e equilibrar os anseios da sociedade e as exigências da regulação”, disse o presidente da ABCB, Fernando Furlan, que já foi presidente do Cade.
O deputado Daniel Coelho (PPS-PE) vê na iniciativa uma forma de defesa do livre mercado.
“Precisamos nos proteger de ações que venham a inviabilizar essa nova economia. A criptoeconomia veio para ficar, o mundo está caminhando nessa direção”, comentou.
Já a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO), que também integra a nova frente parlamentar, acredita que os congressistas precisam estar preparados para fomentar essa nova indústria.
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“A criptoeconomia pode se tornar tão importante como a invenção da internet. Há muitas empresas que já trabalham legalmente no país e demonstraram alto senso de responsabilidade, inclusive com boas práticas adotadas do mercado financeiro, um dos mais regulados”, disse a deputada, que é segunda secretária da mesa diretora da Câmara.