O cenário atual em que a pandemia do Covid-19 está causando um colapso na economia global parece estar favorecendo as stablecoins, é o que afirma Jeremy Allaire, CEO da Circle, empresa responsável pela emissão do token USDC ao lado da Coinbase.
Em sua conta no Twitter, Allaire revelou que a demanda pelos tokens USD Coin da Circle (USDC) aumentou nos últimos dias, chegando a US$ 568 milhões em circulação. Por outro lado, a maioria das criptomoedas viu sua capitalização de mercado cair.
“É fascinante ver uma “fuga para a segurança” no macro mercado de criptomoedas, mas também demanda liquidez em dólares de alta qualidade para os mercados”, observou ele.
3/ Demand for internet dollars — digital, fast, global, secure, cheap to use — should increase significantly. People and businesses will want an architecture where they can make and receive payments with less counter-party risk and more security.
— Jeremy Allaire (@jerallaire) March 13, 2020
Na sequência, Allaire também comentou que, embora não seja “tão emocionante ver mercados tão esmagados”, ainda é gratificante ver que essa infraestrutura monetária baseada em blockchain totalmente nova e totalmente digital está funcionando.
Conforme apontam os dados do Coin360, o valor de mercado do USDC aumentou mais de 5,5% logo após a queda vertiginosa do preço do Bitcoin. Naquele momento, o USDC atingiu um valor de mercado de cerca de US$ 553 milhões. A resposta inicial do USDC à desaceleração do mercado foi acompanhada pela maioria das principais stablecoins como Tether (USDT), True USD (TUSD), Binance USD (BUSD) e Paxos Standard Token (PAX), que também viram seu valor de mercado subir.
Demanda deve aumentar
Segundo Allaire, a demanda por “dólares na internet” deve aumentar significativamente, já que pessoas e empresas desejam uma arquitetura em que possam fazer e receber pagamentos com menos riscos de contraparte e mais segurança.
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“Um tema macro mais amplo que surgirá após a pandemia é a necessidade de as empresas confiarem mais plenamente na infraestrutura descentralizada, minimizada pela confiança. Dólares programáveis, contratos inteligentes, redes públicas = empresas mais inteligentes”, tuitou ele.
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