Nesta quinta-feira, 05 de dezembro, o CriptoFácil noticiou sobre uma investida feita pela Polícia Civil do Paraná contra a Krypton Unite, suposta pirâmide financeira que deixou pelo menos 4 mil pessoas prejudicadas. O delegado Emmanoel David responsável pela Operação Midas, como foi intitulada a investida, prestou mais informações em uma coletiva de imprensa.
A operação
Segundo David, a Krypton Unite (ou Blockchain IT, como também é conhecida) opera desde 2018, e em abril de 2019, começou a apresentar problemas de saques. A história contada é de que a empresa possuía equipamentos de mineração e oferecia rendimentos baseados na operação, além de operações de arbitragem.
O esquema contava com 11 figuras principais, todas operando por meio do WhatsApp. A empresa não possuía sede física, embora boa parte dos envolvidos fosse de Curitiba, capital do Paraná. De acordo com o delegado, a quantia recebida supera os R$70 milhões, sendo R$150 milhões movimentados pelos envolvidos. Quanto à dívida, considerando o pagamento dos rendimentos, é de R$1,5 bilhão.
Os 11 mandados de prisão, com duração temporária – cinco dias -, foram expedidos para as pessoas acima expostas. Nove deles foram cumpridos, estando Daniel Kaminski, líder da operação, entre os dois foragidos.
A Braziliex apareceu em reportagens de portais de notícia, como em um vídeo que circulou em aplicativos de mensagem. O delegado comentou sobre a aparição da exchange, afirmando que o mandado de busca e apreensão foi emitido devido a um grande fluxo de Bitcoin movimentado pelas pessoas investigadas. Contudo, a Braziliex não é alvo de investigação, tendo como papel único auxiliar a Polícia Civil a rastrear os ativos pertencentes aos membros da Krypton Unite.
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Com as quantias recebidas, David menciona depoimentos de familiares dos integrantes da Krypton Unite, tendo eles afirmado que tais integrantes “melhoraram de vida”. Carros e imóveis foram comprados, bens estes que estão sendo bloqueados – totalizando cerca de R$80 milhões – para garantir que os credores recebam alguma forma de ressarcimento.
Na casa de um dos integrantes presos na operação, embora o delegado não tenha especificado qual, foram encontrados quatro mil contratos de investidores – coincidindo com a informação de que seriam aproximadamente quatro mil vítimas do esquema orquestrado.
O delegado responsável pela operação aconselha a todos os que foram lesados e residem em outros estados que façam um boletim de ocorrência nas delegacias de suas cidades, que tais peças serão encaminhadas à Delegacia de Estelionato do Paraná.
Por fim, Emmanoel David afirma que os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, havendo ainda indícios de falsificação de documento particular.
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