O preço do Bitcoin caiu mais de 3% na tarde desta sexta-feira (7), e agora está abaixo dos US$ 19.500 no mercado internacional. Já no Brasil, a criptomoeda está cotada a R$ 101.026, de acordo com dados do CoinGecko.
Esta queda ocorreu após o Bureau of Labor Statistics, órgão que mede estatísticas do mercado de trabalho dos Estados Unidos, divulgar a taxa de desemprego oficial do país. Os dados mostram que o desemprego nos EUA caiu para 3,5% em setembro, ficando abaixo dos 3,7% esperados pelo mercado.
A taxa de desemprego menor do que o esperado significa que a economia estadunidense permanece aquecida. Portanto, mais pressão para os índices de inflação, que seguem elevados na maior economia do mundo.
Com a expectativa de mais inflação, cresce a probabilidade de um aumento de 75 pontos-base – ou seja, 0,75% – na taxa de juros nos EUA. A definição ocorrerá na próxima reunião do Fed em novembro, e o novo aumento deve colocar mais pressão de queda nos ativos de risco.
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Preço do Bitcoin cai após os EUA dados do trabalho
Os EUA. os dados da folha de pagamento não-agrícola para setembro saíram melhores do que o esperado. A taxa de desemprego caiu para 3,5%, abaixo das expectativas do mercado de 3,7%, os mesmos dados de julho. Além disso, a taxa de desemprego em agosto foi de 3,7%.
Com isso, o número de desempregados diminuiu em 261 mil, atingindo 5,75 milhões em setembro. Logo, o número de pessoas ocupadas aumentou em 204 mil, fechando o mês passado em 158,9 milhões.
Esses dados fizeram a maioria dos mercado virar a tendência nesta sexta-feira. Tanto o BTC quanto o mercado de criptomoedas, bem como as bolsas de valores, caíram devido à postura agressiva do Fed. O preço do Bitcoin caiu de US$ 20.020 para US$ 19.592 em minutos, e depois ficou abaixo de US$ 19.500.
O mesmo aconteceu com o Ether (ETH), que caiu 3,1%, chegando aos US$ 1.329 (R$ 6.893). O preço do ETH está sendo negociado atualmente em US$ 1.337. Entre as criptomoedas do Top 30, somente a Monero (XMR) opera em leve alta de 0,4%..
Já no mercado tradicional, os principais índices estadunidenses operam em queda de mais de 1% – Nasdaq 100, Dow Jones e S&P 500. O índice dólar (DXY), por sua vez, se valorizou, atingindo 112,83 pontos e consolidando a força do dólar frente às principais moedas globais.
Probabilidade altas nos juros
O aumento contratações em setembro fará com que o Fed tenha uma postura mais dura, com um novo aumento de juros. Vários especialistas levantaram preocupações sobre a postura agressiva do Fed, que pode causa uma recessão nos EUA. De fato, entidades como as Nações Unidas (ONU) já pediram que o Fed e os demais bancos centrais parem de aumentar os juros.
No entanto, o Fed se compromete a domar a inflação dentro dos limites padrão. Em seus discursos mais recentes, esse foi o mote pregado por Jerome Powell, presidente da instituição.
Segundo o economista Jeremy Siegel, a maior ameaça não é a inflação, mas sim uma recessão. O Federal Reserve está sendo excessivamente agressivo com sua política monetária. De acordo com a ferramenta FedWatch, a probabilidade de uma alta de 75 pontos-base em novembro saltou de 75,2% para 81,6%. Além disso, a probabilidade de uma alta de 50 pontos-base em dezembro é de 63,3%.