A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou um alerta ao mercado na quinta-feira, 13 de novembro de 2025, informando que 24 plataformas de investimento estavam atuando sem autorização no país. Muitas delas oferecem serviços de criptomoedas.
De acordo com a Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI), há indícios de que essas plataformas, por meio de seus sites, vêm captando clientes residentes no Brasil para operações com valores mobiliários, o que exige registro prévio na autarquia.
Entre as plataformas citadas estão Arkana, Avalon, Avant, Blend, Capital Binary, Casatrade, Drex, Elysium, Gala, Investin, Kryvo, Lite, Metatake4, Neoxbroker, Nexus, Nyrion, On, Opex, Option Broker, Shark, Softbroker, Suabroker, Verso Binary e Zeamy.
A Arkana, por exemplo, oferece mais de 99 ativos em sua plataforma, incluindo as criptomoedas Bitcoin, Ethereum, XRP e Litecoin. Contudo, no rodapé de seu site a empresa observa:
“A Arcana Capital não está autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) a oferecer diretamente serviços de intermediação e/ou distribuição de valores mobiliários emitidos no exterior a investidores residentes na República Federativa do Brasil, motivo pelo qual nenhuma referência feita aqui deve ser entendida como uma oferta direta de serviços a esses investidores pela Arcana Capital.”
Já a plataforma Blend se apresenta como uma “corretora inovadora para ações e cripto” e “a mais premiada da América Latina“. Ela oferece aos usuários que se cadastrarem US$ 100.000 na conta demo para aprender a negociar. Também elucida que “não está autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) a oferecer diretamente serviços de intermediação e/ou distribuição de valores mobiliários”.
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Suspensão e riscos ao investidor
De acordo com a CVM, nenhuma das plataformas mencionadas integra o sistema de distribuição previsto na legislação, conforme destacou a CVM. Portanto, não possuem autorização para intermediação de valores mobiliários ou captação de recursos de investidores.
A CVM formalizou a decisão por meio do Ato Declaratório CVM 24.167. O ato determina a interrupção imediata de qualquer oferta pública relacionada à intermediação de valores mobiliários. A medida vale para todas as formas de divulgação das plataformas, incluindo sites, aplicativos e redes sociais.
A autarquia reforça que, caso as empresas não cumpram a ordem, tanto as companhias quanto indivíduos envolvidos poderão receber uma pena com multa cominatória diária de R$ 1.000. A CVM afirma que continuará monitorando indícios de irregularidade a fim de identificar responsáveis e coibir novas ofertas ilegais.
Orientações ao público
O investidor que tenha recebido propostas de investimento por parte de alguma das plataformas mencionadas deve acionar o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da CVM. A autarquia recomenda o envio de detalhes da oferta e informações que ajudem a identificação dos envolvidos. Isso porque as informações facilitam a apuração e possíveis medidas de fiscalização.
A CVM reforça que investimentos em valores mobiliários só podem ser ofertados por instituições autorizadas. Além dsso, a verificação prévia do cadastro é uma das principais formas de evitar golpes e perdas financeiras.