O projeto World Liberty Financial (WLFI), ligado à família Trump, enfrenta sua primeira grande crise desde o lançamento. Após estrear com enorme expectativa e gerar bilhões em volume de negociação, o token sofreu uma queda de quase 50%.
Como resposta imediata, os desenvolvedores anunciaram um plano de queima de tokens, medida vista por analistas como uma tentativa desesperada de segurar o preço. A estreia do WLFI atraiu enorme atenção. Em apenas 24 horas, os volumes de derivativos ultrapassaram US$ 13 bilhões, superando até mesmo o movimento registrado por grandes moedas como o XRP.
No mercado à vista, a negociação somou US$ 4,7 bilhões, colocando o ativo entre os dez mais negociados no dia da abertura. No entanto, a euforia inicial rapidamente deu lugar à volatilidade. O preço, que chegou a tocar US$ 0,48, despencou para a faixa de US$ 0,22, provocando perdas milionárias para traders alavancados.
Diante da forte pressão de venda, os desenvolvedores anunciaram um mecanismo de queima baseado nas taxas de negociação recolhidas em diferentes blockchains, incluindo Ethereum, Solana e Binance Smart Chain.
WLFI, criptomoeda de Trump, luta para recuperar valor
Na prática, as taxas captadas serão usadas para recomprar WLFI no mercado e enviá-lo a carteiras de queima, reduzindo a oferta circulante.
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De acordo com os idealizadores, a estratégia busca criar um choque de oferta que favoreça os investidores de longo prazo. Contudo, críticos apontam que a concentração de tokens nas mãos de poucas baleias pode reduzir o impacto da medida. Dados da Etherscan mostram que os 100 maiores endereços controlam mais de 98% do WLFI em circulação, o que reforça a influência de grandes investidores sobre o preço.
A plataforma World Liberty Financial lançou o WLFI como token de governança, integra o protocolo Aave V3 e recentemente apresentou a stablecoin USD1, já sexta maior do setor.
A conexão direta com a família Trump, que detém 22,5 bilhões de WLFI, cerca de 22,5% do total da oferta, elevou ainda mais a exposição do ativo, transformando-o em um misto de investimento e instrumento político.
Apesar da valorização inicial, que elevou a fortuna em papel da família em mais US$ 5,1 bilhões, o cenário atual mostra fragilidade.