Segundo o artigo publicado pela agência de notícias News BTC, a Venezuela está observando taxas crescentes de adoção da criptomoeda Dash por comerciantes e investidores. A última rodada de medidas governamentais destinadas a estabilizar a economia viu a moeda oficial do país desvalorizada em 95%. Tais condições estão impulsionando o interesse pelas criptomoedas mais uma vez.
Graças a um esforço de marketing liderado pelo Dash Core Group, parece que a moeda digital está liderando o caminho em termos de adoção por parte dos comerciantes e investidores. O CEO do grupo, Ryan Taylor, falou ao site Business Insider sobre os desenvolvimentos por lá:
“Estamos vendo dezenas de milhares de downloads de carteiras no país a cada mês. No início deste ano, a Venezuela tornou-se nosso mercado número dois, mesmo à frente da China e da Rússia, que são naturalmente enormes no universo das criptomoedas.”
Com a moeda nacional perdendo valor, há confusão em massa sobre como as políticas econômicas anunciadas recentemente devem funcionar. Esses fatores, juntamente com as restrições impostas às retiradas de dinheiro, estão forçando o povo da Venezuela a explorar criptomoedas de uma maneira muito mais ampla do que nunca.
Acredita-se que a Dash está sendo favorecida, assim como o Bitcoin, por causa de seus tempos de transação mais rápidos e mais baratos. Comerciantes incluindo grandes nomes como Subway e Calvin Klein preferem usar criptomoedas, porque com o tempo gasto para processar um pagamento com cartão de crédito, o valor do bolívar já caiu ainda mais. Taylor explicou:
“Efetivamente, mesmo que eu aceite um pagamento com cartão de crédito, três dias depois, quando os fundos chegarem à minha conta, valerão muito menos do que quando a transação foi executada.”
Ele passou a explicar que a adoção das criptomoedas por comerciantes explodiu nos últimos meses, com cerca de 200 novos fornecedores permitindo pagamentos em Dash por mês.
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A Dash também é mais adequada para atuar entre as massas do que uma solução totalmente descentralizada como o Bitcoin. Como 10% de sua recompensa de mineração vai diretamente para a equipe por trás do projeto, os fundos estão disponíveis para lançar um grande esforço de marketing na Venezuela. Cerca de US$1 milhão foram gastos em outdoors e programas educacionais para ensinar as pessoas a usar a moeda.
Com outras nações, como a Turquia, à beira de colapsos financeiros semelhantes, Taylor acredita que os cidadãos de mais países precisarão abraçar as criptomoedas para proteger sua riqueza nos próximos anos. Ele afirmou:
“Vamos tentar ser bem sucedidos primeiro na Venezuela antes de expandirmos para tentar isso em outros países.”
Há algum tempo, a Venezuela tem demonstrado um relacionamento interessante com as criptomoedas. A demanda por Bitcoin tem sido grande no país devido às dificuldades econômicas enfrentadas por lá. A atividade de mineração para uma renda passiva tornou-se um meio popular para manter-se antes que o governo reprimisse a atividade.