A proposta da China, segunda maior economia do mundo, de lançar uma moeda digital do seu Banco Central (CBDC, na sigla em inglês) acendeu o alerta sobre o controle total que o governo pode ter sob os dados financeiros de seus cidadãos, contudo, segundo um funcionário do Banco Central da China, o yuan digital não terá todas as informações das pessoas e fornecerá o anonimato necessário em suas transações.
“Sabemos que a demanda do público em geral é manter o anonimato usando papel-moeda … daremos às pessoas que exigem anonimato em suas transações”, disse Mu Changchun, chefe do instituto de pesquisa de moeda digital do Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês), o banco central do país, em uma conferência em Cingapura, conforme relatado pela Reuters.
Mu acrescentou que o banco central manteria o “equilíbrio entre o ‘anonimato controlável’ e a lavagem de dinheiro, o CTF e também questões tributárias, jogos on-line e qualquer atividade criminosa eletrônica”.
“Temos que manter um equilíbrio e esse é o nosso objetivo. Não estamos buscando controle total das informações do público em geral”, destacou.
No início desta semana, Mu disse que os detentores do yuan digital da China não receberiam pagamentos de juros e, portanto, a moeda digital não terá implicações para a inflação ou para a política monetária. Não está claro quando a China lançará sua moeda digital, embora o governo afirme constantemente que a moeda digital esteja “quase pronta” após cinco anos de pesquisa e desenvolvimento.
Ainda segundo a publicação, Mu disse que o objetivo da moeda digital é criar um novo sistema em caso de problemas com a infraestrutura financeira existente na China, onde dois players – WeChat e Alipay – dominam os pagamentos eletrônicos.
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