Cibercriminosos brasileiros estão usando um conjunto de malwares para roubar Bitcoins e informações financeiras de, pelo menos, 11 países.
De acordo com o portal Tech Tudo, a empresa de segurança Kaspersky Lab informou nesta terça-feira, dia 14 de julho, que os programas maliciosos, ativos desde 2015, atuam roubando informações salvas no navegadores ou na memória do computador.
Com isso, os cibercriminosos conseguem ter acesso remoto ao Internet Banking da vítima.
Ataques internacionais
Assim, desde o fim de 2019, quando a Kaspersky passou a monitorar as ameaças, os cibercriminosos já fizeram cerca de 3,5 mil ataques.
Além do Brasil, houve vítimas no México, Portugal, Espanha e Chile. No entanto, os especialistas também destacam que o malware tem potencial para funcionar nos Estados Unidos, na China e em outros países da América do Sul.
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora
O conjunto de malwares em questão chama-se Tetrade e é formado pelos trojans Guildma, Grandoreiro, Javali e Melcoz.
Roubo de Bitcoin
Os trojan também estão sendo usados para roubar carteiras de Bitcoin. Assim, os criminosos trocam a carteira da vítima pela sua, para que a pessoa atacada não perceba o golpe.
Além disso, os cibercriminosos também conseguem realizar transações bancárias através da máquina infectada, contornando os sistemas de segurança bancários.
A Kaspersky, no entanto, disse não saber o número de vítimas ou o montante já roubado. Já que isso só poderia ser apurado a partir de uma investigação policial.
Recrutamento internacional
Ainda segundo a Kasperskys, os cibercriminosos do Brasil criaram um sistema de recrutamento internacional. Com isso, eles convocam hackers de outros países para colaborar com os ataques.
Desta forma, os donos dos servidores dão acesso a uma botnet que vende o malware. Então, os colaboradores também podem promover ataques e ter acesso ao dinheiro roubado.
Como se proteger
A Kasperskys recomenda que os usuários só baixem aplicativos e programas de fontes confiáveis para evitar taques. Além disso, manter os sistemas atualizados ajuda na proteção. A empresa também sugere que o usuário tenha um firewall em execução para evitar que o trojan seja baixado no computador.
Leia também: Roubos de Bitcoin ultrapassam R$ 100 milhões no primeiro semestre de 2020
Leia também: Vítima sobre G44 em reportagem da Globo: “vendi um imóvel e dois carros”
Leia também: Homem conhecido como “Playboy do Bitcoin” some com dinheiro de criminosos