“A blockchain é uma revolução em múltiplas frentes”, foi o que afirmou Beibei Liu, uma executiva de 29 anos que lidera as operações da exchange com atuação global NovaDax no Brasil.
Formada em matemática aplicada, a executiva também ajudou a fundar o Abakus Group, fintech chinesa avaliada em US$ 1,5 bilhão.
Em uma entrevista para o blog Copy From China da UOL, Liu defendeu que a tecnologia blockchain pode contribuir para ampliar a oferta de crédito no país. Isso porque, segundo ela, a blockchain elimina checagens burocráticas que são custosas e ineficientes.
“Hoje é muito complexo e caro você conectar uma pessoa com capital para emprestar em um país como a China e um tomador em um país como o Brasil. Com blockchain, transações internacionais se tornam muito mais baratas, seguras e rápidas”, disse Liu.
Nesse contexto, a popularização da blockchain permite maior acesso de mercados com baixa oferta de crédito a capital internacional. “Será um motor de avanço para muitas economias, como o Brasil”, afirmou.
Blockchain pode ajudar o comércio internacional
Além disso, outros benefícios indiretos da tecnologia blockchain no setor foram comentados pela executiva. A melhora do comércio internacional foi um deles.
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Conforme explicou, atualmente, o principal problema para quem faz importação e exportação é a segurança. Saber se o dinheiro chegou ao destino no momento certo e que a mercadoria não foi embarcada sem que o pagamento fosse recebido é uma das principais preocupações. No entanto, isso pode ser resolvido com a blockchain:
“Com a velocidade do blockchain, que permite rastrear o fluxo do dinheiro em tempo real, tudo fica mais eficiente”, afirmou.
Comércio de criptomoedas
Liu destacou ainda que a atual crise causada pelo coronavírus pode auxiliar o comércio de criptomoedas. Já que as pessoas tentam variar seus investimentos em tempos de instabilidade.
No que diz respeito à popularização dos ativos digitais, a executiva comentou que é normal que inovações e tecnologias disruptivas gerem insegurança no começo. Um exemplo disto é o setor de regulação, que ainda precisam amadurecer, segundo ela.
“No entanto, este é um caminho sem volta e as criptomoedas farão parte de nosso dia a dia e certamente serão uma das opções na cesta de investimentos dos poupadores brasileiros e chineses.”
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