A corretora de criptomoedas Gemini anunciou seus planos para levantar até US$ 316,7 milhões em sua oferta pública inicial (IPO) nos Estados Unidos. A empresa é a mais recente do setor de criptoativos a buscar uma listagem pública em meio a um ambiente regulatório mais favorável no país.
De acordo a Bloomberg, a corretora e custodiante de criptomoedas, sediada em Nova York, planeja oferecer 16,7 milhões de ações a um preço entre US$ 17 e US$ 19 cada. No topo dessa faixa de preço, a Gemini atingiria um valor de mercado de aproximadamente US$ 2,2 bilhões. Valor este calculado com base nas ações em circulação detalhadas no documento.
A Gemini se junta a uma onda de listagens de empresas de criptomoedas. Em junho, a emissora de stablecoins Circle abriu capital em uma IPO de US$ 1,2 bilhão, disparando 168% no primeiro dia de negociação. Já a corretora Bullish subiu 84% em sua estreia, após levantar US$ 1,1 bilhão em agosto. Todo o setor está sendo impulsionada pela administração do presidente Donald Trump, que recentemente aprovou a primeira legislação federal para o setor.
Parceria com Trump
Fundada em 2014 pelos irmãos Winklevoss, a Gemini possui mais de US$ 18 bilhões em ativos em sua plataforma. Os irmãos, conhecidos por sua disputa histórica com Mark Zuckerberg pela criação do Facebook, também ganharam destaque no cenário político. Eles doaram US$ 2 milhões em Bitcoin para um comitê de ação política de orientação republicana, com o objetivo de apoiar a agenda pró-ativos digitais de Trump.
Além disso, os irmãos estão por trás da American Bitcoin, empresa de mineração e acumulação de Bitcoin liderada por Eric Trump, filho dos presidente.
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Além da corretora, a Gemini oferece uma stablecoin lastreada em dólar americano, serviços de staking e custódia de criptomoedas, e um cartão de crédito que oferece recompensas em cripto. A receita de transações baseada no volume de negociações representou 65,5% da receita total da empresa no primeiro semestre deste ano.
A empresa também enfrentou desafios regulatórios. Em 2023, por exemplo, a SEC acusou a Gemini de vender títulos não registrados a investidores minoritários, mas as acusações foram retiradas este ano. Em janeiro, a empresa concordou em pagar US$ 5 milhões para encerrar uma ação da Comissão de Negociação de Futuros de Mercadorias (CFTC), sem admitir ou negar responsabilidade.
A oferta da Gemini é liderada pelo Goldman Sachs Group Inc. e pelo Citigroup Inc. e a empresa espera ser listada no Nasdaq Global Select Market sob o símbolo GEMI.